Fui convidada a um baile a fantasia,
me fantasiei de mim mesma.
Lá, me ofereceram uma bandeja com
porções de raiva,
indignação e desgosto.
Devorei-as, não como quem
degusta um belo banquete, com iguarias raras
e finas, mas como quem se farta do
veneno que o inimigo, amanhã, será
obrigado a se fartar.
Me presentearam com uma justa pulseira
de espinhos,
que foi cravada em minha pele
que o sol queima todas as manhãs.
Choveu sangue no chão,
sangue do meu pulso,
sangue que adubou a terra seca.
Do baile, onde provei
dos venenos da morte e me foi dada
a pulseira que dilacerou-me a vida,
sobrou a música que ecoava em minha cabeça,
doce e suave,
enquanto a vida ia-me fugindo levemente,
lentamente...
(Erica Ferro)
•••
me fantasiei de mim mesma.
Lá, me ofereceram uma bandeja com
porções de raiva,
indignação e desgosto.
Devorei-as, não como quem
degusta um belo banquete, com iguarias raras
e finas, mas como quem se farta do
veneno que o inimigo, amanhã, será
obrigado a se fartar.
Me presentearam com uma justa pulseira
de espinhos,
que foi cravada em minha pele
que o sol queima todas as manhãs.
Choveu sangue no chão,
sangue do meu pulso,
sangue que adubou a terra seca.
Do baile, onde provei
dos venenos da morte e me foi dada
a pulseira que dilacerou-me a vida,
sobrou a música que ecoava em minha cabeça,
doce e suave,
enquanto a vida ia-me fugindo levemente,
lentamente...
(Erica Ferro)
•••
Hoje eu estou cansada...
Sabe quando você cansa? Que a rotina te dá um abraço de urso e faz suas costelas doerem? Pronto, eu estou cansada.
Cansada em vários aspectos, mas prefiro deixar isso em segredo, revelado metaforicamente nesse poema, se é que se pode chamar assim.
E anônimos nunca mais! Cansei de brincar com seres chatos, que preferem esconder o que pensam ou que, na pior das hipóteses, apenas gostam de machucar as pessoas, de tirar uma "onda" com quem não deveriam tirar, por não conhecerem direito, por não terem o direito de ofender. Aliás, tais anônimos deveriam procurar algo mais útil do que ficar o dia inteiro na internet, procurando quem ofender, quem criticar mascaradamente. Bando de mal amados e covardes!
Bem... De qualquer modo, acabou o mês e isso não é um motivo muito feliz. Sei lá, já disse que não gosto de finais, não é? Sentirei falta de abril. Mas beleza, Maio está aí, todo lindo, todo cheio de charme, me chamando, me implorando que eu o explore sem pudor. Beleza, Maio, te segura que lá vou eu!
Amanhã estarei no Divã Cor de Rosa - espero vocês lá!
Um abraço da @ericona sem juízo!
O poema é forte e pesado e dolorido. Não pelos espinhos, nem pelo veneno, mas pelas palavras que se encaixam nas vidas que não a tua. E, mesmo depois de, eu me detive em uma única frase, dita no início de tua observação.
ResponderExcluirSabe quando você cansa?. Poisé, eu sei.
Beijo moça, feliz início de maio.
Engraçado, eu gosto dos finais, porque sei que vem começos! Adoro começo de mês! Começo de tudo! E não liga para os anonimos não, Eriquita, você sabe o quanto tudo é divino que você escreve.
ResponderExcluirAgonizei a cada palavra lida!
ResponderExcluirE sobre o seu P.s: "Sabe quando você cansa?" Intensa empatia. Me larga, ô lasquera! rs
Beijos, Ericona.
Sempre arrasando com os poemas.
:*
AH, tem que ser assim.. nada de anônimos.. e nem é pelo medo da crítica, mas cm vc falou, as pessoas gostam de falar mal, de fazer críticas desconstrutivas, só pelo gosto de ver a outra pessoa infeliz...
ResponderExcluirEu achei o poema triste, e espero que essa sua fase passe logo, que veja poemas mais alegres... xD
bom, Maio chegou, e com ele o fim do semestre fica cada vez mais próximo.... como esse ano tem passado rápido, né? E eu tbm cansei da rotina, mas às vezes é ele quem me sustenta viu... xD
bjusss
Não liga não, querida. A inveja vem na surdina mesmo...
ResponderExcluirdeixe os anônimos de lado, o que importa é que você é sempre assim: essa mulher incrível e repleta de sensibilidade.
:*
Corro atrás da vida, se eu não estiver tão cansada. Amanhã.. quem sabe!
ResponderExcluir:S
(Forte, né?)
ResponderExcluirMaio vai ser lindo, flor. ;)
Beijo, beijo.
ℓυηα
Ual, forte...
ResponderExcluirSou como você, não gosto dos finais, seja qual for, ate de mês.
Beijos
Que poema de palavras fortes...
ResponderExcluirSinceramente...
Não gostaria de ir a um baile desses...
Bjs
Eu sei, me canso sempre, o tempo todo!
ResponderExcluirTu me fizestes recordar de um conto escrito por Marina Colasanti, cujo título não me recordo agora. Mas o mote dos aconteceres se sucedem numa festa. E lá, dentro do burburinho, há o conhecimento de si, quando contrastado com o restante.
ResponderExcluirCarinho de sempre, Ferro.
Continuemos...
Erica nem me fala viu..
ResponderExcluirvc viu meu sumiço pela faculdade, era so chegar e durmi, uma hora que devemos abdicar de uma coisa para conquistar outras. Rotina faz parte, é o nosso ciclo, quando ela ainda é proveitosa....
bjao
lindo esse drama...
ResponderExcluirNunca gostei de bailes, eles tem esse clima de filme americano, de terror, de panico, de final feliz forjado , anestesico de vida mal vivida..!
uma realidade fantasiada...
:S
tudo tem gosto de sangue!
Melhor a gente não dançar nesse baile aí, né, Erica?
ResponderExcluirE não esquenta com esses insetos da internet. Devemos é ter pena desse povo.
Bjooo!!
Esse poema é tão Forte...
ResponderExcluirSó consegui lembrar de Jesus com ele...
Eu gostei, a vida as vezes nos faz passar por certas coisas desagradavéis, mas qe sem elas não temos um crescimento como pessoa e ser humano!
Tô contigo nos não-anônimos! o/
;*
E que venha Maio *.*
ResponderExcluirBeijos ;*
bellanogueiira.blogspot.com
Forte teu post, hein?
ResponderExcluirMas aí está: sendo nós mesmos enfrentamos problemas, sofremos, fazemos escolhas, mas ao menos não vivemos uma grande mentira, não nos acovardamos diante das opiniões dos outros, não afundamos mais e mais nossas personalidades dentro de nós mesmos para satisfazer os outros...
Tu usou uma belíssima metáfora!
Muito bom, Ferro!
Beijoo
nem fala, tbm tô morta! x.x adorei o post :)
ResponderExcluirEu ando assim também, meio cansada...
ResponderExcluir=/
nossa que poema de palavras fortes[+1]
ResponderExcluirlindo e intenso, mas não sei se eu gostaria de passar por algo do tipo :S
Ericona, tem selinhos para você lá no blog! :D
ResponderExcluirBeijos
:*
Também não sou muito fã de finais não...digamos que eu aprendi a lhe dar com finais,pq entendi q são a partir dos finais que surgem coisas novas e aprendemos lições,então o lado do bom do final é que tem um começo...
ResponderExcluirE sobre a hora do CHEGA!,realmente me sinto assim ultimamente com algumas coisas,enfim,como diz minha vozinha: Tudo tem limite,rsrs ^^
Beijos!!!
Oh, amiga!
ResponderExcluirMas que baile, esse...
Beijinho
E me canso todos os dias...
ResponderExcluirUm beijo grande pra vc
Estava com saudades de ler vc xará!!
ResponderExcluirLindoooo o template...
Bjos no seu coração!
Todos nós temos esses momentos. Ainda bem que a maioria deles (quando queremos e estamos dispostos a mudar) passam.
ResponderExcluirEspero que esse, em específico, passe ligeiramente pela sua vida!
Mas, não se esqueça: por mais que seja um período díficil, não esqueça de colher os frutos do aprendizado que estão brotando dessa experiência.
O meu beijo! ;*
Érica,
ResponderExcluirsempre considerei que as pessoas mais sofridas, com pulseiras de espinho, traições, venenos e tudo mais, são aquelas de que Jesus mais se agrada, sabe por que, amiga?
Não é que Ele ame alguns mais que outros, claro que não se trata disso... mas é porque Ele faz dessas pessoas (como você) uma alma capacitada para amar e servir, uma grande PESSOA, e você com toda certeza: é essa pessoa!
Está claríssimo que vc se parece com Ele!!!
Você é muito amada, e não vê!Pense nisto.
Beijo de saudade em seu ♥
Eu uso tanto as minhas mascaras carnavalescas e venezianas, que realmente adoraria me fantasiar de EU e ver no que ia dar...
ResponderExcluir...Melhoras do cansaço.
O poema parece a descrição d eum pesadelo... desses que você acorda desorientada, sabe? Sem conseguir descrever o que sonhou!
ResponderExcluirA palavra "cansada" tem tudo a ver comigo ultimamente.
ResponderExcluirNão sei se é isso o que acontece com você, mas costumo me questionar se ser certinha, se ser "eu mesma" vale mesmo a pena, como dizem. Geralmente a parte boa, o final feliz, demora mais pra chegar na vida real que na ficção. Quando chega.
É, estou um pouco pessimista.
Que venha maio! E que seja melhor do que abril.
Que viceral. De dor e poesia. Os bailes de todo dia, que precisamos nos fantasiar de alguém de nós, e tomar doses de sentimentos baratos. Faz parte.
ResponderExcluirAdorei, beijos xará.
Sabe ninguém nos avisou que aqui seria fácil...mas podemos dar o melhor de nós para facilitar nossa vida, paz.
ResponderExcluirbeijo Lisette.
Que rasgue o pulso, e rasgue a pele. Mas o coração continua intacto. Antes assim, né? Você é forte o bastante, sabe que é. Beijo.
ResponderExcluirBom dia Florzinha (:
ResponderExcluirOlha, as vezes eu tb tomo veneno desejando que meu 'inimigo' tome amanhã, um beeem mais forte . Mas ultimamente tenho TENTADO me manter 'positiva' em relação a tudo sabe?
A rotina cansa, o trabalho cansa, as pessoas cansam, mas logo tudo se resolve, a gente respira e segue em frente !
Então, vamo que vamo :D
Beijão flor ;*
Eu amo abril e começo a contar os dias para o próximo ;)
ResponderExcluirQuem te matou assim, Ericona? Me conta que vou atrás...
beijos
aii que dark!! é só mudar a música e começar uma nova dança, flws... deixa pra trás o que passou.
ResponderExcluir:(
vamos lá Erica... maio vem com tudo.
já começou muito bem, espero que assim siga pra mim e pra tu tb.
beijão.
Nunca me senti assim, sabia?
ResponderExcluirÉ sério.
Já fiquei na bad, claro.
Mas fico tão diferente quando estou mal.
Não sinto minha vida esvaindo, não sinto coisas assim.
Não sei se queria sentir. Acho que valeria a experiência, acho que gostaria de experimentar.
Tantas vezes não sei o que dizer.
Entendo o que seja essa dor, mas não compreendo.
Não a sinto aqui dentro.
Quando eu tô mal eu me sinto bem.
Bem porque só consigo lembrar que estar mal é o único motivo que torna a felicidade, quando existe, concreta.
não sei, é estranho, tenho que admitir.
Estranho conversar com tanta gente e perceber que faço ao contrário.
mas eu acho bonito.
tudo. não sei se deveria achá-lo.
provavelmente não.
mas acho.
mas deixa eu parar de tergiversar,
falar do seu texto.
tá pesado.
seu texto tá muito pesado.
e sei que essa foi a intenção,
mas deixa eu constatar, tá?
a metáfora é ótima,
ou melhor: as metáforas o são, todas elas.
a gente sente a agonia,
mas aquela agonia aceita,
aquela certeza de que esse é o único caminho.
cara, tá muito bem escrito isso.
ei, espero que as coisas se ajeitem.
se for o seu desejo, claro.
sempre bom ler suas entrelinhas, Erica...