Proteja-me
Juliette Fay
Novo Conceito
448 páginas
☺☺☺☺☺ ♥
Quatro meses após a morte do marido, Janie LaMarche continua tomada pela dor e pela raiva. Seu luto é interrompido, no entanto, pela chegada inesperada de um construtor com um contrato em mãos para a obra de uma varanda em sua casa. Surpresa, Janie descobre que a varanda era para ser um presente de seu marido — tornando-se, agora, seu último agrado para ela.
Conforme Janie permite, relutantemente, que a construção comece, ela se apega aos assuntos paralelos à sua tristeza: cuidando de seus dois filhos de forma violentamente protetora, ignorando amigos e família e se afundando em um sentimento de ira do qual não consegue se livrar. Mesmo assim, o isolamento autoimposto de Janie é quebrado por um grupo de intervenções inconvenientes: sua tia faladeira e possessiva, sua vizinha mandona, seu primo fofinho e até Tug, o empreiteiro.
Quando a varanda vai tomando forma, Janie descobre que o território desconhecido do futuro fica melhor com a ajuda dos outros. Até daqueles com os quais menos esperamos contar.
Confesso que, assim que li a sinopse de Proteja-me, fiquei tentada a solicitá-lo à Novo Conceito. Não deu outra, sucumbi à curiosidade e pedi um exemplar pra ler e resenhar e um outro pra sortear. Além da sinopse, a seguinte frase estampada na capa do livro me intrigou: "Por que nos tornamos tão distantes quando mais precisamos de carinho?".
Janie LaMarche, após a morte do marido, em decorrência de um acidente de trânsito, entra num estado de desolação, raiva, desamparo e desencontro.
As pessoas ao seu redor tentam, de todas as maneiras, ajudá-la no melhor e ao máximo que podem. No entanto, ela está cega pela dor cortante, pela saudade extremada do marido e desconcertada por não entender por que a vida, que numa hora pode estar tão tranquila e boa, dá uma virada brusca e negativa e nos vemos numa situação tão sofrida. Por bons tempos, ela permanece no buraco negro no qual caiu quando seu marido morreu. E sofre pela dor de perder o homem que ela amava e por pensar em seus dois filhos órfãos de pai. Um menino muito encantador, muito esperto e divertido de quatro anos, Dylan; e a bebê Carly. Dylan, obviamente, sente muito a falta do pai, mas pela idade, não tem as dimensões reais da perda. Ocasionalmente, é que ele sente a falta do pai e chora o maior choro que uma criança de quatro anos pode chorar. Carly é uma bebê, como disse anteriormente. No começo do livro, ela só tem meses de vida, logicamente não faz ideia do que está acontecendo ao seu redor.
Da dor, Janie foi a ira e ao isolamento. Ignorou e se irritou com todas as investidas de seus amigos e familiares de a ajudarem a encontrar a paz e o caminho da tranquilidade. Tia Jude, a tia maluquinha e faladeira de Janie, tenta de tudo ajudá-la, tanto quanto a sua dor, como também em ficar e cuidar das crianças nos dias extremamente cinzas que Janie tem. Shelly, a vizinha riquíssima de Janie, que cuida de suas finanças e age meio que como uma mãe mandona com ela. Uma "mandona" positiva, claro, porque Shelly a impulsiona a sair de seus dias tristes. Comarc, primo de Janie, é outro por qual nos encantamos facilmente, por seu jeito bonachão e divertido. Barb, namorada de Comarc, com a qual Janie não se entende muito bem à princípio, tem lá suas virtudes por debaixo de suas roupas coloridas, seus acessórios estilo patricinha. Padre Jake, a pedido de Tia Jude, passa a visitar Janie semanalmente, numa tentativa de acalmar seu espírito e ajudá-la a achar a paz. Padre Jake é um personagem adorável e essencial na reconstrução da vida de Janie. Não deixemos de falar de Tug Malinowski. Como poderia deixar de falar dele, Tug, o empreiteiro, que bate na porta de Janie num dia qualquer, no qual ela está num dos dias mais raivosos e depressivos do seu ano cruel, e diz que o marido de Janie, Robby, antes de morrer, tinha providenciado a construção de uma varanda? Um último presente de Robby? Claro que Janie tinha que aceitar. Há outros personagens que tornam a estória muito gostosa de ser lida, mas como não lembro agora de todos os nomes, ficaremos apenas com esses nomes que disse anteriormente, combinado?
Sou uma leitora sincera, o começo da leitura foi meio arrastada, não sei se porque estava com muita coisa na cabeça, pensando em outras coisas e fazendo mil e uma coisas, ou se de fato o início é mesmo meio lento. Mas, lá para o meio, o livro se torna extremamente irresistível e o que eu quis foi ler mais e mais e mais, como se não houvesse amanhã.
Tive uma relação de amor e ódio com Janie, mas logo a perdoava por qualquer coisa ríspida ou tosca que ela fazia, porque ela é humana e estava tão machucada, que muitas vezes perdia a dose certa, o jeito certo de dizer e fazer as coisas.
Torci por algumas situações que não aconteceram, mas tudo bem. O livro me convenceu, do desenrolar até o final. Foi lindo ver o desenrolar da estória de Janie LaMarche, seus parentes e amigos.
A grande sacada do livro é justamente que a vida é mesmo efêmera, que o que importa é o que fazemos dela no presente. A vida é uma série de quedas e de levantes. Cair é algo natural da vida e se levantar requer força, muita força, mas é algo essencial pra continuar desfrutando das coisas lindas que a vida pode nos oferecer ao longo da estrada, na maioria das vezes desnivelada.
Seguir adiante, é isso que devemos fazer, aconteça o que acontecer.
O tema do livro pode até ser um pouco pesado de início, mas, acredite em mim, ao passar das páginas, as coisas vão ficando cada vez mais suaves e quando nos damos conta, estamos sorrindo, gargalhando e até mesmo sentindo nossos olhos brilharem com certas cenas. Juliette Fay fez um ótimo trabalho com Proteja-me. Entrou para a lista dos meus favoritos.
A quem indico? A quem gosta de uma leitura repleta de emoções fortes, com pitadas de romance na medida certa e que passa uma mensagem super positiva ao final dela.
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Book Trailer:
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Hello, pessoas!
Finalmente postei a resenha de Proteja-me, hein?! Gente do céu, procrastinei muito, mas está aqui. O que eu queria fazer agora? Lançar, finalmente, mas finalmente mesmo, o sorteio do livro. Porém, não posso ainda, por causa disso aqui. A Novo Conceito está fazendo uma política de parceria pra se encaixar nessa lei. Ela pediu que os parceiros aguardassem as novas coordenadas. Estou aguardando. Assim que ela lançar essa nova política, sortearei aqui Proteja-me e muitos outros livros da editora.
Fiquem ligadinhos!
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Um abraço da @ericona.