19/10/15

Resenha: Para onde ela foi - Gayle Forman

Para onde ela foi
Gayle Forman
Novo Conceito
240 páginas
☺☺☺☺
Sinopse: Se você tivesse uma segunda chance para o primeiro amor... Você aceitaria? Já faz três anos que o amor de Adam salvou Mia após o acidente que mudou a vida dela. Três anos desde que Mia saiu da vida de Adam para sempre. Vivendo agora em lados opostos do país, Mia é um talento em ascensão na Juilliard, a conceituada escola de música, e Adam é o típico astro do rock de Los Angeles, com direito a notícias nos tabloides e uma namorada-celebridade. Quando Adam se vê sozinho em Nova York, o acaso reúne o casal mais uma vez. Por uma noite. Com a mesma força dramática de Se Eu Ficar, agora pela voz de Adam, Para Onde Ela Foi expõe o desalento da perda, a promessa de esperança e a chama do amor que renasce.

Para onde ela foi é a continuação de Se eu ficar, da escritora norte-americana Gayle Forman, e nos revela as transformações e acontecimentos da vida de Adam e Mia após ela ter acordado do coma. Finalizei a leitura de Se eu ficar há exatamente um ano e oito dias. Sei com exatidão, porque a resenha desse livro foi publicada aqui no blog em 11 de outubro de 2014. E, por coincidência ou não, concluí a leitura de Para onde ela foi no dia 13 de outubro desse ano. Pena não ter escrito e publicado a resenha aqui antes. Os motivos são sempre quase os mesmos: falta de tempo e/ou procrastinação etc.
Sem mais delongas, eis minha opinião sobre Para onde ela foi. O livro é narrado em primeira pessoa, assim como em Se eu ficar, mas, dessa vez, não por Mia, e sim por Adam. Como disse anteriormente, li Se eu ficar há mais de um ano, mas, quando comecei esse segundo livro, achei que logo seriam revelados os acontecimentos da vida de Adam e Mia pós-coma, especialmente sobre a de Mia. Eu estava realmente curiosa para saber sobre como estava sendo a vida de Adam e Mia. Algumas perguntas rondavam a minha cabeça: "Como minha estava lidando com o fato de ter perdido toda a sua família de uma só vez num trágico acidente?", "Mia e Adam estavam juntos? Pois, depois do jeito que o primeiro livro terminou, a resposta dessa pergunta ficou subentendida.", etc. 
Adam nos conta tudo, mas no ritmo dele, no tempo dele: gradativamente. A sua narrativa é mesclada por relatos do seu presente e do seu passado, no qual conta o que houve antes com ele, Mia e tudo enfim, bem como nos fala sobre o seu presente como astro do rock, uma vida cheia de glamour, muitos flashs e fãs completamente ensandecidas por ele. A Shooting Star's passou de uma banda interiorana a um sucesso estrondoso. Collateral damage, álbum composto por Adam, foi o "culpado" pelo estouro da banda. Mia não está mais com Adam. Há três anos que ela está do outro lado do país, em New York, estudando numa escola de música extremamente bem conceituada, a Juilliard. Ambos se tornaram pessoas icônicas na música: Adam, no rock; Mia, na música clássica. 
Os dois viajavam o mundo apresentando a sua música. Porém, o fato é que, não importa como a nossa vida seja glamourosa e badalada, se houver algo inconcluído, assuntos pendentes, perguntas primordiais sem respostas, não conseguiremos encontrar a paz e conseguir ver o lado bom do que nos acontece. E era perdido, deprimido e devastado que Adam se sentia. Ele poderia se considerar um cara de sorte por ter conseguido tudo o que qualquer artista quer: estar nas paradas de sucesso, ser renomado e assediado por muitos fãs, etc. Ele conheceu o lado podre do show business, e isso o cansava e estressava a cada dia mais. E Mia... ele sentia tanta falta de Mia, que chegava a dor da saudade esmagava o seu peito, a ponto de ele precisar recorrer aos seus remédios para ansiedade e insônia. Por que ela havia saído de sua vida sem explicação? Era o que ele mais queria saber. E eu, como leitora, também, afinal não conseguia compreender o motivo pela qual ela havia o ignorado por três anos.
Eis que eles se encontram em New York, meio que por acaso, e o encontro é mágico, terno e lindo. Perguntas são respondidas, ciclos são encerrados e novas estórias começam a serem escritas.
Confesso que o primeiro livro não conseguiu me enrendar tão bem quanto esse segundo. A escrita de Gayle nessa segunda parte da estória de Adam e Mia está muito mais visceral, mais profunda e bem mais inquietante. Pontos para autora por ter conseguido encarnar tão bem um jovem músico deprimido, perdido e completamente apaixonado.  Os livros de Gayle Forman são classificados como literatura Young Adult (YA / Jovem Adulto), mas são obras que, diferentemente de títulos de outros autores, tratam de temas mais densos e acontecimentos com uma carga dramática e trágica consideráveis e seus personagens são bem construídos, pouco caricatos, com personalidade própria e estórias cativantes.
Se por um lado Se eu ficar não conseguiu fazer com que eu morresse de amores pela escrita de Gayle, Para onde ela foi cumpriu muito bem o seu papel em me conquistar e fazer com que eu me apaixonasse por Adam e torcesse para que ele encontrasse a paz e o amor que tanto precisava, bem como desejei imensamente que Mia pudesse superar, ao menos um pouco, a dor da perda e da ferina saudade de seus pais e de seu irmão, e tocasse a vida da melhor forma possível, com o amor e a paz de espírito como seus guias.
Caríssimo(a) leitor(a), se você curte estórias trágicas, visceralmente dramáticas e contundentes, acredito que esses dois livros que citei de Gayle Forman vão te proporcionar inúmeras emoções, das mais azedas às mais doces.

Book Trailer:

Erica Ferro

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11/10/15

Bondade


julgarão-me tola,
desprovida de inteligência,
e extremamente ingênua,
mas eu acredito em bondade.

eu realmente acredito na bondade 
que emana da profundeza da alma,
que nada pede,
que brota sem por que
nem pra quê.

eu realmente acredito no poder 
da bondade, que surge 
inesperadamente e
toma conta do meu ser
e define as minhas ações.

a minha raiva dura pouco,
desconheço o ódio que
corrói as entranhas e
causa insônia.

dizem que ser bom demais
é qualidade dos otários.

eu sou uma otária,
e não quero deixar de ser
uma.

perdão, humanidade, mas
o meu coração não consegue
reter ódio.

perdão, humanos, não é
que eu seja santa, apenas
não consigo guardar rancor
ou ódio por um longo período.

creio que só o bem pode cortar
as asas do mal.

tenho fé no poder dos bons sentimentos,
acredito que as boas atitudes deixam
esse mundo um pouco menos caótico.

só o bem pode elevar o nosso
espírito a outro nível.
ao nível do amor, da sabedoria e da paz
de espírito.

não somos eternos aqui nessa Terra.
não temos todo o tempo do mundo
para perder tempo odiando
uns aos outros,
tramando planos de vingança
a fim de nos digladiarmos
e morrermos sem conhecer o
perdão e a delícia
de se sentir em paz com
os outros e conosco mesmos.

minha alma é de paz.
meu coração é da paz.
procuro agir pautada no amor,
na compaixão e no respeito
ao próximo.

tento me vestir de bondade não
para impressionar alguém ou ser tida
como exemplo,
mas sim para conseguir dormir
quando coloco a cabeça
no meu travesseiro.

Erica Ferro

* * *
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