Ela esperava que, com a fervura, os medos e as ilusões evaporassem da sua mente. Ela queria ser destemida; queria ter projetos realizáveis. Estava realmente cansada de ilusões; e estava mais cansada ainda de ser prisioneira do Senhor Medo.
Além das grades do portão, um mundo à espera. Acima dela, o céu. Além dela, o infinito.
Ela adorava ver o céu. Quando algo dava errado, ela olha para ele e obtinha novas forças e recomeçava o que estava fazendo.
Quando todos a abandonavam ou talvez nem ligassem para a dor, o choro dela, o vento chegava até ela e a acarinhava, lhe acalmava, brincava com ela, embaraçando os seus cabelos. Ela sorria de novo. Ficava correndo, brincando com o vento.
Um filme passava em sua mente. E um novo filme se projetava na mente daquela linda menina-mulher deitada sob aquela fria e acolhedora cerâmica. Ali ficou por algumas horas; sonhando, se emocionando, sentindo o vento, vendo o céu e sorrindo para o infinito.