13/09/14

Resenha: Esconda-se — Lisa Gardner


Esconda-se
Lisa Gardner
Novo Conceito
400 páginas
☺ ☺ ☺ ☺ ☺
Sinopse: Uma mulher que foi obrigada a fugir — desde criança— de uma possível ameaça. Uma ameaça que seu pai via em todo lugar, mas que a polícia nunca considerou. Um antigo e desativado sanatório para doentes mentais que pode ter muito mais a esconder entre suas paredes do que homens e mulheres entorpecidos por remédios. Uma história de rancor entre membros de uma mesma família que nunca conseguiram superar os episódios de violência doméstica que presenciaram. Um pingente que foi parar em mãos erradas — e a cena de um crime brutal: seis meninas mortas e mumificadas há mais de trinta anos. Agora, cabe à famosa detetive D.D. Warren descobrir quem foi o serial killer que cometeu esta atrocidade e que motivação infame deformou sua mente. Acompanhe D.D. Warren na solução de mais este complexo caso e encontre o inimaginável que está por trás de pessoas aparentemente comuns!

       
O Grupo Editorial Novo Conceito, parceiro do blog, me enviou um exemplar de Esconda-se, da escritora Lisa Gardner, para que eu pudesse ler e postar a minha opinião acerca dele. Quem me conhece, sabe do meu fascínio por livros policiais. Diante disso, é meio que óbvio que eu ficaria muito tentada a ler esse livro por causa dessa sinopse de tirar o fôlego, certo? E é, de fato, um livro de tirar o fôlego.
Esconda-se é narrado em primeira pessoa, quando se tem a oportunidade de ver o desenrolar da estória pelos olhos de Annabelle Granger, e em terceira, quando o narrador onisciente discorre sobre os três personagens principais do livro, que são Annabelle, a sargento D. D. Warren e o detetive Bobby.
Esconder-se, proteger-se, desconfiar de tudo e de todos se transformaram nas palavras de ordem que deveriam reger a vida de Annabelle Granger a partir dos sete anos de idade. Sem explicações, o pai de Annabelle resolveu fugir com a família da cidade em que moravam. Annabelle corria perigo. Muito perigo. Por anos a fio, passaram a fugir alucinadamente. Annabelle passou a sua infância e adolescência frustrada por não poder ter uma vida normal, na qual pudesse conhecer pessoas sem desconfiar delas. Em vez de simplesmente ser uma garota normal, fazendo coisas típicas da sua idade, era orientada pelo pai a fazer artes marciais como um meio para se defender, caso fosse necessário. Ela não fazia ideia do quê o seu pai temia. Ele nunca contou nada sobre seus medos ou sobre seus fantasmas. A mãe de Annabelle sofria muito com todas essas mudanças, com o pânico com o qual sempre conviviam.
Quando chegou a idade adulta, já sem os pais, Annabelle retornou a Boston, a cidade que tanto atormentava o seu pai. Ela duvidava que, depois de tanto tempo, ainda houvesse motivos para continuar fugindo. No entanto, mais por uma questão de costume, usava um nome falso: Tanya Nelson. Nome falso, aliás, era uma questão complexa para Annabelle, depois de todas as trocas de nomes que teve durante toda a sua juventude. Ela tinha que se esforçar para lembrar-se do que achava ser o seu verdadeiro nome.
O primeiro passo para tentar descobrir a sua verdadeira história, para, finalmente, saber do que seu pai fugia e o que tanto temia foi dado quando ela viu no jornal a notícia de que foi encontrada, no Hospital Psiquiátrico de Boston, uma cova coletiva que guardava os corpos de seis meninas, e informava que uma delas se chamava Annabelle Granger. Annabelle procurou a sargento Warren e o detetive Bobby para que, juntos, conseguissem unir as peças do quebra-cabeça que era a sua história.
Lisa Gardner fez um ótimo trabalho nesse livro. É o primeiro livro que leio da autora e fiquei totalmente encantada pelo jeito habilidoso com o qual criou a trama, personagens, cenários, enredo e deu conta de amarrar todos esses elementos, produzindo uma estória crível, embaladas por cenas de ação dignas, suspense de boa qualidade e até de umas pitadas de romance. Os personagens não são perfeitos. Não há vilão nem mocinho. Outro ponto positivo da escritora, a meu ver. As pessoas são pessoas, se é que me entendem, no livro de Lisa. Pessoas que erram, mas conseguem, de algum modo, contornar as situações complexas do passado e seguir em frente. Lisa Gardner conquistou mais uma leitora.
Eu adorei a capa desse livro! A diagramação é simples, mas é bacana. A fonte é de um tamanho agradável, o que facilita a leitura. Não encontrei erros gritantes de digitação, gramaticais ou de concordância. As edições da Editora Novo Conceito são bem trabalhadas. Estão de parabéns, mais uma vez.
Para quem indico o livro? Para os amantes da boa literatura policial e, óbvio, para quem gosta de uma boa estória, seja ela ambientada em qual gênero for. Lisa Gardner ganha o leitor por sua engenhosidade e criatividade com as palavras. Lerei, certamente, outros livros dela. E quando o fizer, postarei meus comentários aqui no blog.

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Demorei para postar a resenha, mas aí está!
Espero que tenham gostado! É um baita livro!
(...)
Não deixem de curtir a página do blog no Facebook e de seguir também no Twitter.
(...)
Um abraço da @ericona.
Hasta la vista!

11 comentários:

  1. Primeiramente, eu quero pedir desculpas pela minha demora em retribuir o seu doce comentário, mas este mês está bastante corrido para mim.
    Estou louca para ler esse livro. Tenho um amigo que fez uma propaganda enorme sobre ele. Depois da sua resenha, com certeza fiquei com mais vontade de ler. Beijos.

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  2. Adorei a capa, me prendeu muito a atenção. Sua resenha também está de parabéns, até me despertou uma vontadezinha de ler, mas ele não se encaixa em nada com o estilo de livro que me prende, infelizmente.

    http://www.novaperspectiva.com/

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  3. Bom, eu preciso quebrar preconceitos literários e começar a ler tipos de livros assim. rs
    Resenha bem escrita essa.
    Beijo chata

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  4. Gostei muito Dama de Ferro.
    Fiquei interessada mais pelo que vc falou do que pena sinopse :)

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  5. Érica me encantei pelo livro, todo esse mistério e suspense me deu muita vontade de lê-lo, amei sua resenha, o livro realmente parece muito bom, beijinhooos

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  6. Estou com esse livro aqui em casa, mas ainda não li. Eu li Viva para contar da autora e amei, e pela sua resenha, a autora segue o mesmo estilo do outro livro. Assim que der eu leio.

    Blog Prefácio

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  7. Li esse livro recentemente e tive uma ideia sobre o mesmo um pouco diferente da sua. Gosto muito do gênero policial, sou um fã do Harlan e James Patterson, mas esse livro ao meu ponto de vista teve muitas passagens que considero desnecessária. Pretendo ler outro livro da autora, quem sabe não tenho uma leitura mais agradável. Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/

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  8. Oi, Érica!
    Não conheço a autora, mas gosto muito de literatura policial. Deve ser muito estranho saber que uma menina, que morreu 30 anos atrás tinha o mesmo nome seu... mistério!!
    Beijus,

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  9. Nunca fui de ler muitos livros policiais... Mas devo tentar descobrir esta vertente, o que me recomendas? rs
    beijos.

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  10. Oi Erica,
    Adoro o estilo mas, fico triste quando finalizo e fico doida pra que meu pai leia... daí ele não gosta de ler hahaha sad. Prefere só em filmes mesmo.

    Essa série ta na lista!

    bjs e tenha uma ótima semana
    Nana - Obsession Valley

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  11. Olá, tudo bem?

    Erica, sua resenha abriu meu apetite para ler o livro.
    O genero me agrada muito.

    Beijos e obrigado pela dica.

    http://soubibliofila.blogspot.com.br/

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