22/06/14

Resenha: Um gato de rua chamado Bob - James Bowen



Um gato de rua chamado Bob
James Bowen

Novo Conceito
240 páginas

Sinopse: É uma tarde de outono em Covent Garden, Londres. Trabalhadores correm para o almoço, turistas brotam de todos os lados e clientes entram e saem das lojas. No meio de tudo isso está um gato. Usando um vistoso lenço Union Jack em volta do pescoço e cercado por uma multidão de 30 espectadores de boca aberta, Bob, o gatinho cor de laranja, sorri — é, sorri — timidamente. Próximo a ele, está seu dono James Bowen, com seu violão surrado, cantando músicas do Oasis. Então, ele para de tocar e se abaixa para Bob: “Vamos, Bob, cumprimente!”, diz. Bob mexe os bigodes, levanta uma pata e a estende para James. A multidão assobia. Não é todo dia que se vê um gato sentado, calmamente, no centro de Londres, aparentemente sem se abalar com o barulho das sirenes, os carros passando e todo aquele movimento — mas Bob não é um gato comum...


Essa não é uma história sobre um gato qualquer. É sobre um Gato com 'g' maiúsculo. Essa é a história de Bob. De James e Bob. O livro é narrado em primeira pessoa, pelo próprio James Bowen. James nos conta, ao longo das 240 páginas, a sua história e de como a sua vida foi transformada após conhecer o seu melhor amigo Bob.


A história de James, antes da chegada de Bob, é um tanto cinzenta e amarga. James passou muito tempo morando nas ruas, sem perspectiva de dias melhores, preso ao vício da heroína. Até que se sentiu estafado, depois de muitos problemas tanto por ser morador de rua quanto por ser um dependente químico, e resolveu procurar ajuda. James encontrou Bob em 2007, em frente a um dos apartamentos do prédio em que morava de aluguel, o qual pagava com as suas apresentações musicais nas ruas de Londres. James estava em processo de reabilitação. Bob encantou James à primeira vista. Assim que James visualizou um vívido par de olhos verdes na penumbra do corredor do prédio e, quando chegou mais perto, percebeu que se tratava de um gato, seu coração foi tocado e, ali mesmo, nascia uma das amizades felinas mais bonitas do mundo.


James investigou de todas as maneiras e por todos cantos possíveis se Bob tinha um(a) dono(a). Não tinha. James, buscando se equilibrar na corda bamba que era a sua vida, pensou duas vezes em deixar Bob em sua vida. Não por não gostar de Bob. Não, definitivamente não. A dúvida de James se devia justamente pelo medo de não conseguir cuidar de Bob de uma maneira correta e digna, já ele viveu sozinho durante boa parte da sua vida, vivendo do jeito que dava, sem se preocupar muito. Ele seria capaz de cuidar daquele gato e, ao mesmo tempo, se manter longe das drogas e de problemas? Ele aceitou o desafio. Foi a melhor coisa que ele poderia ter feito na vida.


Bob é um gato fora do normal. Um gato extraordinário, James afirma. Com Bob, James passou a viver realmente. Bob foi de fundamental importância para que James se mantivesse firme em sua luta pessoal contra a heroína. Graças ao apoio do laranjinha, James se manteve longe de problemas. Bob, mesmo sem dizer uma palavra, passava muita energia positiva e força a James. Sabe aquela fidelidade incomparável que só os animais parecem ter? Eles são mais humanos do que nós, humanos, em muitas vezes. Quantas vezes nos importamos com quem chamamos de amigos? Quando digo nos importar, é nos importar de fato. É estar ao lado de quem dizemos amar nas horas mais urgentes e difíceis. Ainda que não se tenha palavras de conforto a dizer, estar ao lado de quem gostamos e gosta de nós é essencial para aquecer tanto o nosso coração como o de quem recebe esse gesto de carinho. A amizade é uma das coisas mais puras dessa vida. O poder do amor e da amizade é inenarrável, embora todas as tentativas de narrá-lo sejam lindas. Uma das provas é essa amizade felina tão linda de James e Bob. Esse gatinho laranja, de olhar penetrante e esperto, tirou James do mundo da tristeza, da solidão e do vício e o levou para o mundo melhor, no qual ele pôde visualizar tudo de bom que antes uma espécie de neblina teimosa escondia. James não tinha um  bom relacionamento com a sua família. Mal dava notícia aos seus familiares. Bob, de modo especial, uniu Bob aos seus entes queridos. Bob reparou o coração sofrido e machucado de James. Bob se mostrou a dose de alegria diária de alegria e amor de James.


Pelas descrições que James faz de Bob, o laranjinha é mesmo um gato fora de série. Diverti-me e suspirei com cada fofura e ato inusitado que Bob costuma fazer. Um gato inteligentíssimo e extremamente adorável. Quando conhecemos Bob, ainda que mediante as páginas de um livro, nos encantamos por ele. Então, fico aqui imaginando a emoção e o contentamento de quem teve a chance de vê-lo pessoalmente e tirar fotografias dele/e com ele pelas ruas de Londres. 


Quando fechei o livro de James e Bob, o que passei a desejar fortemente foi: que o mundo conheça a história dessa amizade tão bonita e inspiradora (e olha que esse meu desejo está quase se realizando: Bob é conhecido por muitas partes desse mundo). Eu nunca tive um amigo assim. Porém, depois do contato que tive com quatro felinas numa viagem que fiz ao Rio de Janeiro há duas semanas, confesso que fiquei louquinha de vontade de ter um amigo(a) felino(a). É diferente de tudo que já conheci na vida. É um carinho especial, doce e puro. Pessoas como James são extremamente sortudas por terem amigos de quatro patas.

A diagramação é simples, mas bonita. As patinhas no início e no meio dos capítulos são mimosas. A capa, óbvio, é muito linda porque tem esse gato lindo estampado nela. A leitura flui bem. Em alguns pontos há ação e um tanto de adrenalina (Bob danadinho, matando James do coração! *risos*)

Esse é um livro para quem adora gatos, claro, mas também para quem quer ler uma história linda de superação, amor e amizade.
James e Bob, que vocês possam vivenciar vários e vários lindos momentos! Continuem a inspirar pessoas! Tocar o coração de pessoas, de modo inconsciente ou indireto, é uma das coisas mais sublimes dessa vida.


Todas essas fotografias foram encontradas na fan page oficial de James e Bob. São fotografias belíssimas: James e Bob por diversos ângulos e em variadas situações. Curti a página para poder acompanhar o que essa dupla anda aprontando pelo mundo.

Um agradecimento especial ao Grupo Editorial Novo Conceito por ter me cedido um exemplar desse livro para que eu resenhasse aqui no blog. Valeu por essa longa e linda parceria, Novo Conceito!


Eis o Book Trailer:

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Um abraço da @ericona.
Hasta la vista!

19 comentários:

  1. Eu tenho uma queda monstruosa por gatos. Ainda pretendo fazer um post sobre a minha Cake ♥.
    Pelo o que você disse do livro, fiquei extremamente com vontade de tê-lo. Parece mágico!
    Estou curtindo a fanpage deles, bem vinda de volta à blogsfera amor, eu estou voltando também! :D

    Beijos!
    www.jadeamorim.com

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  2. Já tinha lido uma resenha sobre este livro e confesso que a sua me deixou mais animadinha para lê-lo. Adoro histórias reais, ainda mais assim ♥

    http://www.novaperspectiva.com/

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  3. Ai gente, faz tempo que não leio um livro e essa sua resenha me fez ter vontade de ler esse <3

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  4. Oi Erica!
    Saudades de você lá no blog! :D
    Tenho vontade de ler esse livro, parece ser uma história doce e emocionante. E isso que em geral eu não sou fã de autobiografias! =P
    Beijos,

    Priscilla
    http://infinitasvidas.wordpress.com

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  5. Eu fui surpreendida positivamente pelas resenhas desse livro. Nunca imaginei que seria assim!!! Eu tenho um gato, aliás nós temos, e sei que é uma amizade diferente, um gato não é um cachorro pedindo colo e mendigando atenção. Gatos são orgulhosos [Terry Pratchett um dia disse: "Os gatos já foram adorados como deuses, eles se lembram disso."], mas também são afetuosos e tem uma fidelidade indescritível... Porém tem suas exigências. Eles dão e esperam receber e sabem como fazer por receber, talvez isso seja o charme da coisa.

    Esse livro entrou na minha lista, muitas amigas indicaram e todas com louvores.

    Ah, gatos também são ótimos companheiros de quem guarda livros, como os egípcios sabiam bem, só a presença deles espanta os roedores nossos inimigos maiores.

    Cheros Erica, ótima resenha.

    Pandora

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  6. Oi Erica, eu tenho este livro aqui em casa, mas ainda não li. Todas as resenhas que leio a respeito dele, inclusive a sua são muito elogiosas. Acho que a história dele é muito legal. Do ponto de vista em ajudar outras pessoas a se livrarem de seus vícios e do que lhes faz mal. Que isto é possível e que basta termos um Bob, para que tudo passe a caminhar bem. Ótima resenha. Bjus
    Lia Christo
    www.docesletras.com.br

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  7. Eu to apaixonada por esse gatinho, que coisa mais gorda e fofa e tudo de bom <333
    e adorei a dupla de melhores amigos, adoro essa amizade com animais

    http://sublimecapital.blogspot.com.br/

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  8. Já vi esse livro várias vezes na livraria mas nunca me interessei porque não gosto de histórias com animais... mas me interessei agora já que também trata de superação, tema que adoro. Lerei certamente!

    http://corujicesnomundo.com.br

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  9. Érica amei e me interessei muito por essa história, primeiro porque amo gatos, ao contrário do que alguns pensam, eles são companheiros e amigos sim, fiquei fascinada com essa resenha, louca pra ler mais do livro, beijinhs

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  10. Ericota,
    eu já tinha ouvido falar desse livro, mas nunca nem tchum pra ele. Sei lá, passava batido mesmo. Não queria saber mesmo. Fugia mesmo. Mas aí eu li tudinho que tu escreveu e fiquei louquinha da silva por esse *----*
    tenho medo de terminar de ler e querer um gato de olhos verdes também.

    Beijo moçoila ;*

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  11. Fiquei arrepiada ao ler a resenha, emocionante história.
    Pessoas com garra e determinação conseguem conquistar o mundo se preciso for.
    Acredito fielmente que "bichinhos de estimação", seja gatos, cachorros,tartarugas ou qual for conseguem transformar almas e corações.

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  12. Eu adoro gatos. Achei a história bem legal. Até anoitei o nome desse livro. Tu escreves muito bem as suas resenhas. Beijos.

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  13. Ah, te confesso, não tem amizade melhor do que as de um bom bichano felino! Desde de sempre sou amiga dessas bolas de pelos e não me arrependo nunca. Meu xodó hj, a total sensação daqui de casa e casas vizinhas, é um gato branco vila lata q o meu pai resgatou nas ruas há uns 3 anos. E te digo, que coisa legal! adorei sua resenha, e com certeza vou amar esse livro! obrigada, Erica por essa tremenda dica!!! bjão

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  14. Eu tenho esse livro aqui em casa, mas ainda não peguei para ler. Amo gatos, mas tinha lido varias resenhas negativas sobre ele que acabei desanimando.

    Blog Prefácio

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  15. Este livro é uma graça, eu adoro tudo o que envolve bichos, principalmente livro. Ainda me falta ler os livros seguintes, mas espero fazer isto em breve.

    Beijo, Van - Blog do Balaio
    balaiodelivros.blogspot.com.br

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  16. Olá, Érica.
    Gatos são um dos meus amores, apesar deles não serem tão fieis quanto os cachorros, são ótimos animais. Por aqui tem mais de 7 e, acredite se quiser, o número só aumenta!
    Mas ainda não li os livros do BOB, quero fazer em breve.
    Beijos.

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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  17. Este livro é encantador, assim como Bob. Eu mergulhei nesse livro de cabeça e terminei em um dia. É uma linda história de superação de vida. Ótima resenha! Bjs!

    Lucas - Carpe Liber
    http://livrosecontos.blogspot.com.br

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  18. Tenho uma vontade imensa de ler este livro. Na verdade tudo que envolva animais e esse amor que eles nos passa e nos faz sentir por ele é ótimo de ser lido, visto e recebido.
    Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/

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  19. Minha experiência com o livro

    O livro me fez analisar melhor os viciados e moradores de rua, pois muitos são humilhados e tem uma vida terrível que muitas vezes a sociedade lhes impõe.

    Aprendi com o livro a não subestimar a capacidade destes que vivem às margens da sociedade.

    Entendi melhor que para um viciado ser livre não é apenas por vontade, porque muitos utilizam a droga como forma de consolo para os problemas da vida, como: problemas familiares e como o autor diz ter usado por causa do frio da Inglaterra quando este morava na rua.

    Acredito que o gato em si não conseguiria ajudar James Bowen a livrar-se das drogas, pois ele deve ter conhecido muitos outros animais e pessoas que poderiam ter o mesmo papel de Bob, mas com Bob foi diferente pois nenhum desistiu do outro assim conseguiram juntos livrar-se (Bob da rua cruel e James das drogas). A ferramenta usada por eles para alcançar a liberdade foi o amor.

    Fica a mensagem: Ame os viciados, moradores de rua, os animais carentes ainda que seja difícil, pois não há melhor remédio contra as drogas ou cobertor para os que vivem nas ruas do que o AMOR.

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