02/07/17

Tirando as teias de aranha desse cantinho

E aí, povo bonito! Okay, não sei por que eu ainda acho que alguém passa por esse blog, afinal ele não é atualizado há meses. Acho que eu nunca passei tanto tempo sem postar como passei dessa vez. Não houve nenhum motivo específico. Na verdade, uma mescla de motivos que eu não consigo identificar bem. Os maiores e mais preocupantes: falta de tempo, incapacidade de escrever e a desgraçada da preguiça. Não tenho conseguido traduzir em palavras os meus pensamentos, imaginações e/ou sentimentos. É triste. Tenho saudade da época em que eu conseguia escrever o que me alegrava, o que me doía, o que me revoltava, o que me incomodava - e aí eu ficava mais leve e mais livre do que, de alguma forma, me consumia. Por isso, cá estou novamente, tentando escrever algo que faça sentido, especialmente pra mim.

Coisas lindas aconteceram de janeiro até aqui. Aliás, até antes disso, em 2016, aconteceram coisas maravilhosas, muito dignas de registro nesse cantinho, como, por exemplo, a minha ida ao Rio de Janeiro, pra assistir os Jogos Paralímpicos (presente do meu anjo loiro Porchat). Eu deixei de postar sobre isso aqui e o momento passou (mas, se houver alguém lendo esse post e quiser ver as fotos e um pouco do que eu senti naqueles dias, é só clicar no hiperlink anterior, que encaminhará para um álbum do meu perfil no Facebook). Foram momentos tão incríveis! Por que eu não escrevi sobre isso aqui? Creio que eu fiquei tão deslumbrada, tão anestesiada de alegria e de plenitude, que eu passei dias e meses digerindo tudo que eu vivi. Ainda hoje posso recordar das sensações que eu tive em cada dia em que eu fui assistir os jogos. Ainda posso sentir a emoção inenarrável que eu senti no encerramento dos Jogos, em meio a um monte de gente, no Maracanã. Foi indescritível!

Já em 2017, mais precisamente em abril, nadei o Norte/Nordeste de Natação Paralímpica, fase regional do Circuito Loterias Caixa, em Recife. E, então, ganhei outro presente maravilhoso do meu anjo loiro, o melhor presente que ele poderia me dar: uma prótese maravilhosa, que revolucionou a minha qualidade de vida. Hoje consigo andar muito melhor e sem tantas dores na lombar e na perna direita. De Recife mesmo, com as medalhas do regional na mala, viajei para Campinas/SP, pra fazer a minha prótese num dos melhores lugares que produzem órteses e próteses aqui no Brasil: o Instituto de Prótese e Órtese - IPO. Foram necessários apenas cinco dias pra que eu tirasse o molde, provasse a prótese e saísse de lá andando com ela. Foi demais! Gratidão e extremo contentamento definem o que eu senti ao obter o meu pé de fibra de carbono! E ainda no segundo dia de viagem em Campinas, escapuli pra capital, pra ver ao vivo o programa do Porchat! Foi tããão massa! Adooorei! 

No final de maio, finalizei um dos dois estágios obrigatórios do curso de Biblioteconomia. Eu nem acredito que estou na reta final da minha primeira graduação! 
E, mais recentemente, na segunda semana de junho, nadei o VIII Jogos Aquáticos do Ceará. Foi bem massa. Adoro nadar em Fortaleza. Amo os meus amigos cearenses que a natação me deu. Um bônus bacana: na volta dessa competição, ainda fiz conexão em Recife e pude conversar um bocadinho com a minha amiga das antigas, que já foi blogueira e agora é YouTuber literária, Tailany Costa.

Como vocês puderam ler, não faltaram momentos inspiradores nesses últimos meses da minha vida. Eu só não consegui traduzir em palavras, como antigamente fazia. No entanto, eu sou brasileira, teimosa pra cacilda e não desisto nunca: vou voltar a escrever e a insistir nessa terapia que tanto já me fez bem e que com certeza continuará me fazendo muitíssimo bem.

Sinto que o próximo post desse blog não vai demorar a ser publicado. Amém, irmãos? Amém!

Um abraço da @ericona,
Hasta!