31/10/09

Amanhã é Natal!

Trinta e um de outubro. Jingle bells. Amanhã é Natal.
Olhe, lá vem vindo o Papai Noel. "Que besteira!", alguém grita. "Não vem ninguém, não", não vinha mesmo. Só ia. O tempo escorrendo dos dedos, o ano passando como a velocidade da luz. O que foi feito, afinal? Nada. "Nenhuma mísera vitória", ela pensava. Nenhuma evolução, ela se lamentava. Será? Será?
É claro que ela não conseguia ver o tanto que evoluira ao longo do ano e quanto sonhara, também. Sonhara e ainda sonha, porém, mesmo que tarde, começou a agir, a buscar trazer a utopia para o cotidiano. Ela sabia que era possível. "Tudo é possível ao que crê", ela lembrou.
Sim, tudo é possível desde que se lute para que seja. "Fazer do difícil o fácil", lembrou também.
O quanto lera ao longo do ano? Muito. Devorara livros e mais livros, aprendeu com todos eles. E a fome só aumenta mais e mais.
É Natal logo mais.
"O tempo não volta atrás. Pobre de mim que demorei tanto a enxergar que devo sair de casa sempre que necessário, e não esperar a ventania e a tempestade se acalmarem", a pesarosa menina se lamentava, chorando fracamente.
"Mas não importa mais. Não há como voltar atrás, então deixarei o lamento escorrer de mim através desse choro brando e fraco. O que importa é que agora sei que farei valer a pena. O que importa agora é a fome que eu tenho de vida. O que importa é que agora farei o céu azul, mesmo quando ele estiver acizentado. Sim! Andarei com lápis de cor azul, amarelo... uma caixa repleta de lápis de cor. Sim, é isso. Não quero o monocromático, o frio, o vazio. Nunca mais."
É Natal.
Amanhã é Natal.

(Erica Ferro)



P.s: Olá, meus queridos!
Bem, essa minha postagem ficou meio maluca, podem dizer. Na verdade, queria expressar nela os meus sentimentos do ano que já está acabando e como ele passou rápido. Queria expressar também o meu posicionamento em relação a esse ano que está indo embora, que não foi muito efetivo, digamos assim. Mas, como dizem, nunca é tarde. Agora, finalmente, aproveitarei o finzinho do doce com toda a voracidade e rasparei o máximo que eu puder do pote.
Afinal, a vida pode ser um doce, não é?
Mudando um pouco de assunto, minha página inicial está repleta de atualizações, mas eu não tive tempo de ler tudo. Tenho vários comentários a ser respondidos também. Enfim, não foi proposital essa acumulação de tarefas. É que só ontem, desde terça, que pude acessar a internet.
A minha casa, simplesmente, estava de pernas para o ar. Estava sendo reformada, uma mini-reforma, mas que causou uma bagunça tremenda. O meu quarto seria pintado na quarta. Realmente começou, mas só terminaram de pintar na sexta. Isso mesmo! As paredes estavam muito manchadas, graças a umas infiltrações. Enfim, não pude acompanhar o blog nesse tempo.
Confesso que fiquei looouca de não poder estar lendo e comentando nos blogs, que é uma das coisas que mais gosto de fazer ao longo do dia.
Mas sobrevivi. Terminei de ler Mapa-múndi, do Nivaldo Pereira. Lembram que eu ganhei o livro do PRÓPRIO Nivaldo e, o mais lindo, autografado?
Pois é! Não me canso de dizer esses detalhes. O livro é ótimo, aliás... pra lá de ótimo! Sem dúvida, Nivaldo Pereira é um grande escritor. Minha admiração por ele só cresceu a cada página que lia.
Vocês gostariam de ver uma crônica dele aqui? Se quiserem, eu posto. O difícil será escolher uma entre as tantas maravilhosas que ele escreveu; mas tudo bem. Eu decidirei!
Ah, também, graças a falta de internet, comecei a ler Marley e eu, na sexta-feira (pois na quinta minha linda priminha estava aqui em casa, então a atenção é toda para ela). Acreditam que eu li mais de 160 páginas num dia só? Pois é. Longe da internet, consigo ler vorazmente. Pretendia terminar de ler hoje o maravilhoso livro do Grogan, mas a internet não deixou.
Mas vou fazer o seguinte: lerei todas as atualizações que tenho para ler hoje e agora, responderei os comentários da postagem anterior hoje (ou amanhã, não sei, depende do sono) e amanhã o dia será dedicado a Marley e eu. Quero terminar amanhã, sem falta.
Espero que consiga tal façanha. Internet, minha filha, me deixe em paz e não fique me tentando, certo?
Sim! Antes que eu me esqueça. Na postagem abaixo postei alguns selinhos. Vejam clicando aqui.
Caraca! Meu P.s ficou maior do que o próprio texto (haha!). Eu sou muito engraçada mesmo, muito.
Bem, fico por aqui, meu povo.
Ótimo domingo pra vocês!
Acho que amanhã apareço por aqui.
Grande abraço.

Selinhos...

Olá!
Venho postar selos que ganhei da Jeniffer, muito lindos. Obrigada, viu?

O primeiro é esse:


Pergutinhas que devem ser respondidas:

1º) Qual o filme que você já viu um zilhão de vezes na sua vida?
Creio que Um amor para recordar.
2º) Qual é a melhor coisa em ser um blogueiro?
Poder externar meus sentimentos, minhas opiniões e poder ver, de quebra, o que pensam disso.
3º) E o que você mais gosta de ver no Blog ''Keiisykitty''?
Não conheço o blog, mas prometo em breve dar uma olhada por lá.


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Os outros não têm perguntinhas e nem regras. Aí estão eles:


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Bem, como sempre faço, não indicarei determinados blogs, pois acho que teria que indicar todos que sigo, e são mais de 140. Então, sintam-se à vontade para pegá-los. Todos vocês merecem, acreditem.

Agora, escreverei uma nova postagem decente para postar aqui.
Até daqui a pouco, queridos.

(Erica Ferro)

28/10/09

Para que o meu jardim floresça...

Teu nome é conforto?
Tens o antídoto para todo o desgosto?
Tens a capacidade de fazer calmaria a minha ventania?

Olhos verde-mar e toda a capacidade de amar
É assim que eu te vejo
Uma flor prestes a desabrochar por amor

Onde estás, meu rapaz?
Muitos sonhos tenho contigo
E suspiro

E o meu olhar, pelas ruas, está sempre a te procurar
Por onde será que andarás?
Não te escondas de mim

Olhe para mim
Não tenho feições de quem quer iludir
Em minhas mãos carrego meu coração

Quero mostrar-te o quanto posso amar-te
O amor que dentro do meu coração se esconde
É grande e alcança o cume do monte

Vamos, apareça!
Mostre-se, antes que eu pereça
Tome-me em teus braços para que o meu jardim floresça

(Erica Ferro)



P.s: Pessoas!
Tudo certinho, né?
Não disse que voltaria aqui hoje? Então, aqui estou eu.
Esse poema, se é que pode ser chamado assim, fiz agora, num lapso de romantismo e inspiração.
Espero, sinceramente, que tenha ficado bom e que vocês gostem.
Ganhei selos, amanhã, acho, posto.
Fiquem bem.
Grande abraço pra vocês.

27/10/09

Nada de pendências!

Caríssimos, aqui estou eu!
Bem, como prometi, cumprirei a promessa de sempre postar os presentinhos que eu ganhar (selinhos e memes).
Como disse na postagem anterior, ganhei alguns selos. Uns eu já tinha, por isso não postarei novamente. Então postarei os que não tenho e ganhei do Tiêgo Alencar (queridíssimo e muito simpático), do blog A Pseudociência. Me parece que os selos não têm regras, pelo menos não vi, então vamos à eles:

























Esse outro (esse blog também é cultura!) ganhei da Gabriela (queridíssima também, recomendo o blog dela), do blog Universo Parelelo:















Ganhei um meme do Tiêgo também. Acho que é a primeira vez que eu ganho, aliás, que eu lembre, é (memória fraca é triste, hein? haha!).

O meme:

A lista consiste em cada um fazer uma listinha com 10 escolhidos para dar o cartão vermelho. Pode ser uma pessoa, uma atitude, enfim, tudo aquilo que, de alguma forma, nos incomoda - se quiser e precisar, dê uma justificativa breve. Após fazer isso, passe a bola para mais cinco blogueiros e vamos ver no que vai dar.

Lista:

1- Para o egocentrismo exarcebado e desnecessário;
2- Para o orgulho bobo e imaturo;
3- Para a corrupção (em geral);
4- Para a falta de respeito;
5- Para o desamor;
6- Para a fome;
7- Para a impunidade;
8- Para os fracos;
9- Para os dissimulados;
10- Para todos os males do mundo.



Quem eu indico? Ah, vocês todos merecem, de verdade. Quem quiser pegar os selos e o meme, sinta-se à vontade.



Pra essa postagem não ficar tão sem graça, deixo esse vídeo aqui:



Tenho certeza que vocês irão se emocionar, nem que seja um pouco.
Eu quase choro, de verdade.



Hoje respondi a todos comentários atrasados que tinha, li todas as atualizações e dormirei feliz (haha!).
Sério, eu não deixarei mais acumular tantos comentários, memes, selos e tudo o mais.
Dica do dia: não acumule as coisas, depois será pior pra colocar tudo em ordem.

Espero que estejam bem, blogueirinhos e blogueirinhas.
Por hoje, é só.
Mas, provavelmente, amanhã tem mais.
Até lá, então.
Grande abraço pra vocês.



(Erica Ferro)

26/10/09

A Rosa que não era tão maldosa...

No deserto achei uma flor
Linda, doce e perfumada
Era uma rosa

Toquei-a e ela reagiu
Com um espinho me feriu
E riu

Rosa do mal
Rosa impiedosa
És tão linda quanto és maldosa!

Oh, Rosa! Nasceste assim?
Por que eu choro, e tu ris de mim?
Tens medo, não é?

Diga-me, Rosa amargurada! Tens medo?
Aprendeste a ser assim?
És assim por causa dos tantos machucados que fizeram em ti?

Oh, Rosa! Não sejas tão venenosa
Acredite em mim quando digo que é sincero o meu bem querer por ti
Rosa, transcenda o meu olhar

Rosa, olhe dentro do meu coração
Consegues?
Sim, consegues!

És rosa, és bonita, és cheirosa
Ora, tu podes ser boa.
Rosa, larga o veneno e a maledicência

Rosa, agora te darei as costas
Não por querer abandonar-te
Mas tenho que ir

Olhe, Rosa, a minha missão eu cumpri
Era te mostrar o quanto a vida pode te sorrir
Basta que tu olhes para ela de forma desejosa e positiva

Adeus, Rosa!
Seja feliz
Outro dia nos vemos por aí

(Erica Ferro)



P.s: Olá, queridos blogueiros! Como vocês estão?
Eu estou bem, pelo menos. Segunda-feira é dia de começar coisas, de dar continuidade a coisas, dia da preguiça, também.
Disse, ontem, que talvez escrevia algo aqui, mas não tive nenhuma ideia.
Mas, entretanto, hoje escrevi esse poema. A inspiração veio e foi fluindo e fluindo...
E resultou nesse poema. O poema da rosa maldosa, que, no fundo, não queria ser maldosa; mas tinha a maldade como um mecanismo de defesa, de não mais ser tão machucada pela vida.
Ao invés de ser machucada, machucar.

Isso é certo? Vendo pelo lado individualista e até egoísta, é melhor machucar. Mas não, o melhor é viver de forma sadia e sábia. Até porque, quem já sofreu e foi duramente massacrado, sabe o quanto dói penar e chorar de dor.
Apesar das dores e tudo o que há de obscuro nessa vida, há coisas boas, que nos enchem de felicidade e vontade de viver mais.
Portanto, enxerguemos isso e vejamos a vida de uma forma mais positiva e passemos a viver de forma mais destemida e confiante.
É essa a mensagem que queria passar hoje, nessa segunda-feira.
Espero que gostem, que se identifiquem, que chorem (eita! exagerei, haha!).
Ganhei outros selos, mas depois eu posto. É que uns eu já tenho, então postarei só alguns. E também tem um meme. Sim, eu postarei (afinal, eu fiz essa promessa a mim mesma!).
Enfim, é isso.
Quero desejar pra vocês uma semana feliz, cheia de realizações e de muita paz, também.
Ah, só mais uma coisinha: já está no ar a minha postagem de segunda-feira, no "Só entre blogueiras". Toda segunda-feira escrevo lá.
Ficaria contente de vê-los lá, certo?
Grande abraço.

25/10/09

Desculpa e selos...

Pessoas queridas, quatro dias que eu não atualizo o Sacudindo Palavras, não é?
É aquela situação: borbulham sentimentos em mim, mas estão loucos e desordenados.
Enfim, hoje, finalmente, postarei alguns selos que eu ganhei.
Queria, desde já, pedir desculpas por nunca postá-los aqui. A preguiça é grande, sabem?
E, também, esse blogspot é cheio de frescuras. Às vezes eu até tentava postar, mas, do nada, a formatação do texto enlouquecia - as letras ficavam gigantes, alguns links não se tornavam clicáveis. Só desgraça.
Por isso, não costumo postar. Porém, dessa vez, espero que tenha sorte e consiga postá-los direitinho.
Olha só, como já ganhei muitos e muitos selos ao longo dessa minha vida de blogueira, não poderia postar todos eles (pois não lembro mais quem me deu e onde se encontram).
Fica, apenas, o meu muito obrigada a todos que me presentearam com esses selinhos, esses carinhos até agora, e a promessa que, daqui pra frente, (não deveria fazer promessas, pois não quero pagar penitência por não cumprí-la) passarei a postar (com as regrinhas, respondendo todas às perguntinhas e linkando devidamente os que me deram os selos) sempre que ganhar.

Não colocarei regras nem indicarei um ou outro blog, pois, sem puxa-saquismo, todos os blogs que me seguem e que eu sigo merecem esses selos e todos os outros que, porventura, existirem.
Portanto, fiquem à vontade para pegá-los e postarem em seus blogs.

Termino essa postagem com mais um pedido de desculpas (pela falta de sensibilidade em nunca postar selos tão lindos que vocês me dão com todo o carinho) e dizer que, ainda hoje, pretendo postar algum devaneio aqui.

Grande abraço.










21/10/09

A praia de Pajuçara...

Mergulhar no mar
Ver a dor lá ficar
Não fiquei lá
Só a dor

Eu entrei
Eu busquei
Eu esqueci
Não mais sofri

No mar mergulhei
De cabeça me joguei
Lavei minhas feridas
Dei novas cores à minha vida

Azul e verde são as cores
A cor do mar
A cor da praia
Da praia de pajuçara

(Erica Ferro)



P.s: Oi, meus amigos!
Estou bem melhor, viu? Agradeço, de coração, todo o apoio e todo o carinho. O mais tocante de tudo foi ver pessoas se identificando com a minha dor e com a minha agonia. Enfim, relatar o que me dói e ainda, de quebra, relatar, sem querer, de forma indireta, o que outra pessoa também sente, também sofre.
Com certeza, o sol sempre vem, a dor sempre passa e praia de pajuçara traz a graça, a vivacidade, que estava faltando em minha vida. Talvez tenha sido só aquele empurrãozinho, mas que, sem ele, não iria pra frente.
É, hoje eu fui a praia. Na verdade, eu saí de casa na esperança de, depois de quase dois meses (a piscina que eu treino resolveu, do nada, vazar e atrapalhar todo o meu treinamento) sem treinar, nadar. Mas não, sempre tem alguma coisa, algum impecilho. Dessa vez, o transporte que iria nos levar a outra piscina pra, enfim, treinarmos, não foi liberado. Ou seja, a equipe não teve como ir (detalhe: eu não sabia onde era a outra piscina, dependia do transporte pra ir). Então, não queria perder o dia, por assim dizer, resolvi ir a praia com alguns amigos, de lá mesmo. Cheguei em casa quase 17:00, mas cheguei muito bem. Renovada, mais viva e mais confiante. Deixei as dores todas na praia. Espero que tenham ficado lá, não as vi atrás de mim, nem ao meu lado ao longo do caminho de volta pra casa.
Bem, esse poema foi pura inspiração da praia de pajuçara. Não conhecem? É uma das mais belas praias de Maceió. Sim, eu moro em Maceió. Alagoas - Paraíso das Águas, assim é conhecido o meu estado.
Okay, chega de exibicionismo.
Grande abraço pra vocês, meus queridos blogueiros!

19/10/09

Anseio por alforria...

Sorriso largo, olhar amigo, mãos sempre solidárias. Tenho medo.
Medo dessa solidariedade desmedida, soa falsa. Mas por que essa desconfiança? Será que não pode haver mais sinceridade no mundo?
Pode, eu sei que pode. Mas não vem marcando na fronte, ou seja, não tenho como saber. As circunstâncias me ensinaram a temer. Recuar e fugir do perigo.
O esconderijo é o meu abrigo, me escondo e respiro aliviada - menos uma facada.
É estranho, é. É covarde, também é.
A solução é sabida por mim. O cálculo, as fórmulas... Tudo isso é deveras complicado. Eu corro o risco de não conseguir chegar ao resultado certo da equação e tirar zero na avaliação.
A vida toda é uma prova: de força, de coragem, de vontade...
Vontade eu tenho, coragem eu tenho, força... Bem, eu também tenho. Mas tudo isso está perdido e obscuro dentro de mim. Não consigo achar, não consigo me agarrar à essas coisas e, finalmente, ir.
Ir por caminhos que eu sempre quis trilhar. Sem medo do lobo mau, ir pela floresta, pela estrada à fora.
Acomodei-me ao seguro, mas que eu sempre soube que era uma segurança ilusória que, no fim das contas, só me prejudica e me adia.
Cansei de me adiar, de atrasar a minha vida. Aliás, eu cansei de me matar, de matar a vida... A minha vida.
Até quando continuarei adiando? Disfarçando não ver o claro do dia e o escuro da noite pela minha janela?
E a janela me chama, a porta grita por mim, as grades do portão de casa tremem e ameaçam cair. Só ameaçam, eu me ameaço. Eu digo: "Sim, estou indo...". Mas adio a minha ida, a minha libertação.
Quero deixar de ser escrava, eu preciso deixar.
Não aguento mais ser açoitada pelos senhores de engenho dos meus pensamentos e da minha alma atormentada.
As feridas estão abertas, mas não sinto mais tanta dor. Porém temo que as feridas comecem a arder de novo. E é por isso, acredite, só por isso que me escondo.
Mas o sol me convida, o calor me convida. E eu, mais uma vez, ameaço ir, mas nem saio do lugar.
Então, a noite vem, bonita e encantadora, faz um charme, as estrelas dos olhos da noite piscam pra mim, eu me derreto, confesso. Ameaço, mais uma vez, sair da toca, mas tudo farsa, joguinho dos meus nervos.
Preciso arrumar um jeito de controlar meus medos, de conseguir a minha libertação, escrava já não posso mais ser. Nunca deveria ter sido.
A liberdade está em mim. Tudo o que eu preciso pra seguir em frente está em mim.
É só questão de me encontrar, de me decifrar, ainda que seja um pouco.
É mais uma noite. Noite de segunda-feira, outubro, 2009.
Amanhã o sol brilhará e invadirá a janela do meu quarto.
O que farei? Usarei de ameaças baratas? Terei coragem?
Não sei, mas as coisas, definitivamente, não podem continuar nessa decadência.

(Erica Ferro)



P.s: Olá, meus caros amigos.
Bem, como podem perceber, não estou muito bem. Porém não se preocupem, esses pensamentos, essas brigas interiores, sempre são presentes em minha vida. Mas, acreditem, elas me deixam por um certo período de tempo. Então, eu tenho paz, eu posso sentir a felicidade pulsar em mim. É normal, não é?

É normal se sentir triste, perdido e aflito. Todo mundo tem seus conflitos interiores, seus tramas, seus medos, suas mágoas.
Preciso, apenas, saber lidar com tudo isso e seguir adiante.
E é o que eu, definitivamente, preciso fazer.
Seguir adiante e confiante.
Olha só, sei que estou devendo umas visitas em alguns blogs que me visitaram, alguns comentários precisam ser retribuídos também. Entretanto tenho andado desanimada e melancólica. Porém, amanhã, o sol brilhará e eu, finalmente, terei energia para rir e a felicidade me tomará de novo. Então, amanhã, provavelmente, visitarei os blogs que me deram a alegria de vê-los no Sacudindo Palavras.
Essa postagem ficou muito depressiva, foi um desabafo. Espero, o mais breve possível, ter condições e vontade de falar de coisas alegres e agradáveis.
Grande abraço pra vocês.
Fiquem bem.

16/10/09

Desabafo de cupidos...

- Gabrielzinho, meu filho. Venha ver o absurdo aqui, venha. - Mateus falou todo indignado e ressentido.
- O que foi? - Gabriel respondeu com a mesma calma de sempre. Era um cupido exemplar, ao contrário de Mateus, que era todo atrapalhado, desengonçado, mas era engraçado - era isso que o tornava tão encantador.
- Veja só essa blasfêmia contra nós, no jornal virtual cupido online!
- Ah, mas essas acusações de novo? Esse povo não se cansa não, é?
- É o que eu digo, bando de burro! Quebra a cara nos relacionamentos, e ainda nos culpa. É mole um negócio desses? Eu fico indignado. - Disse num fôlego só o cupido, revoltado.
- Calma, Mateus. Assim você enfarta, rapaz. Olha, acho um desrespeito você comparar esse povo com os burros. Coitado dos burros!
- É, você tem razão. Falta de respeito com os burros, né? É... Enfim, esse povo não usa o raciocínio lógico que lhes foi dado.
- Falou bonito!
- Ai! Não tira sarro da minha cara agora, tá? Eu tô estressado com isso, sério. - Pausa para respiração, afinal, não queria enfartar -. Todos os dias essas mesmas reclamações, essas ofensas...Aliás, no começo, tudo são flores. "Ai, amiga, tenho um cupido super bom de mira. Tô namorando um gatinho, cabelos loirinhos, olhinhos verdinhos e blá blá blá...". Aí, depois quando se deixam contaminar pelo o ciúme, brigam com os namoradinhos e ligam pras amigas "Me enganei! Ô cupido burro, viu? Parece que não enxerga direito, o bichinho!". - Tentou se acalmar e prosseguiu -. Gabriel, não dá pra continuar assim.
- É, meu amigo, não dá. Eles, realmente, não sabem qual é a nossa função e qual é a deles. Nós somos responsáveis só pela parte orquestral da coisa. Sabe, não é? "Ai, amor, quando estou com você, escuto músicas...". E a gente lá, todo empolgado, tocando a harpinha pros pombinhos dançarem, flutuarem até. Lembra daquela vez que ficamos tocando quase um dia sem parar? Sério, achei que aqueles dois não iriam se desgrudar mais.
- Ah, lembro. Eu já tava pra ir embora, já. Não tava aguentando mais não. Nem parei pra almoçar, veja que absurdo! Olha, sinceramente, temos que arrumar um jeito de fazer esse povo entender que não somos culpados pela desilusão amorosa de seu ninguém! Eles que não sabem cuidar do amor que sentem. Aliás, não sabem amar.
- Muito bem, Mateus! É isso aí mesmo. Esses humanos, que eu não ouso chamar de burros, pois seria uma ofensa aos coitados dos burros, precisam entender de uma vez por todas que eles é que escolhem os seus amores, eles é que são responsáveis pelo sucesso do relacionamento, e não nós. Somos só mais um detalhe, mais um apetrecho no cenário desses romances. Enfim, ficamos lá, arrumadinhos, de fraldinhas limpinhas, cabelos devidamente cacheados, tocando nossas harpinhas, fazendo aquelas magicazinhas, que os deixam com os corações acelerados (é aí que usamos as flechinhas, apenas pra fazer acelerar o que, de fato, já vive pulsando desordenado), as mãos suadas e aqueles sorrisos de bestas nos rostos.
- Pois é, meu amigo... Será que um dia essa cambada de burr... ops, de irracionais entendem de uma vez que eles que são uns bestas, uns incompetentes em termos de amar e, finalmente, aprendem a amar verdadeiramente?
- Ah, meu amigo! Sinceramente, eu não sei. Esse povinho é bem estranho, sabe? Muito estranho, complicado e burr... ops, irracionais! Mas, claro, não podemos deixar a esperança morrer. - Gabriel olha no relógio e se espanta -. Eita! Vamos, anda, temos um encontro.
- Hã? Cuma? Nós somos cupidos, não temos encontros. Afinal, não existem cupidas, existem?!
- Você é todo engraçadinho, né? Tô falando daquele casal, Mateus! Aquele lá, todo apaixonadinho de ontem. Lembra, não? Temos que fazer nosso papel, cara. Prepara as flechas aí, as harpas e vamos ao trabalho.
- Ô vida dura essa de cupido! A gente trabalha tanto, mas só nos esculhambam. É, não é fácil ser cupido... - Falou, por fim, desolado o cupido Mateus.

Coitado, tem razão. Não deveriam tratar os cupidos assim.


(Erica Ferro)



Pauta para o Blorkutando.
Tema: Operação Cupido.



P.s: Oi, meu povo! Como estão? Ah, eu tô ótima.
Viram? Hoje aderi a uma linguagem mais informal e até viajei na estorinha, num foi? Espero que tenham gostado desse meu lado humorístico e informal.
Só queria fazer aquele agradecimento que já é de costume (29 comentários fofos em um dia são motivos de muita alegria!), deixar um forte abraço e desejar um ótimo fim de semana pra vocês.
Ah, não esqueçam que amanhã tem Erica Ferro no Divã cor de rosa.

Fiquem bem, meus queridos!

15/10/09

Construtores do saber...

Dia 15 de outubro: dia do professor.

Professores, educadores, construtores de pensadores.
Há aqueles que, simplesmente, constroem repetidores, mas há outros que constroem seres pensantes, capazes de criticar, de defender suas ideias e ideais.
E a minha homenagem hoje é para esse tipo de professor, aquele que inova ao lecionar, aquele que interage com os alunos, aquele que ama a profissão acima de qualquer adversidade, aquele que sabe honrar esse nome professor.
Quero homenagear a você, querido professor, que vira noites e mais noites corrigindo provas, abdicando de certos lazeres e tudo o mais, preparando um novo método para explicar aquele assunto que tanto está sendo difícil para alguns entenderem, mas você não se dá por vencido. Você arruma um novo jeito, uma outra forma de explicação. Afinal, você é um professor, um mestre do saber, que tem o desejo ardente de ensinar, de fazer os outros compreenderem.
Sabe, por muitas vezes falei "Nossa, ser professor não é para qualquer um, não!", e não é mesmo.
É preciso, acima de tudo, amor e vontade de encarar todos os desafios, todas as dificuldades.
Ah, ser professor não é fácil. Tantos professores não são valorizados, até discriminados... Uma profissão pouco valorizada, mal remunerada, enfim.
Será que os mestres do saber, aqueles que são parte fundamental na nossa formação escolar e na nossa formação como pessoa, não merecem um maior respeito e valor?
Claro que merecem!
E é por isso que os admiro, pois mesmo com dificuldades, pedras e buracos no caminho, eles não desistem de fazer o que sempre amaram - ensinar.
Ensinar é uma forma de amar, de compartilhar, de doar parte de si, do que se aprendeu ao longo da vida.
Certo dia, uma professora minha disse que o maior prazer que ela tinha como professora era justamente os encontros que tinha depois com os ex-alunos. A maior felicidade era vê-los formados, bem estruturados, vencendo na vida.
E, de fato, é.
Os verdadeiros professores, aquele que amam a profissão mais do que amam o dinheiro, querem, principalmente, ver a nossa formação, o nosso crescimento como pessoa e como eterno aprendiz.
Já tive tantos professores maravilhosos...
Para ser franca, quase todos os meus professores foram sensacionais. Claro, sempre existe aquele que não gosta da profissão, aquela que faz as coisas por pura obrigação. Ou seja, aquele professor que escolheu a profissão errada, que não queria ser, verdadeiramente, um educador.
Me lembro da minha professora do jardim I, a Rosita, que sempre acreditou no meu potencial, sempre falou que era uma ótima aluna e que só tinha a crescer, a evoluir e a ser uma grande pessoa. Até hoje encontro com ela no ônibus, nas ruas. Meus pais, de vez em quando, encontram com ela, então ela manda lembranças, um beijo e sempre diz "Olha, diga para Erica nunca parar de estudar, de ter fome de conhecimento...!".
Pode deixar, Rosita. Se você já tem orgulho de mim, um dia, não muito distante, terá mais ainda.
Quero honrar teus conselhos e ensinamentos.
Ah, que alegria eu senti na 6ª série! Fui escolhida a melhor aluna da 6ª série, do turno vespertino.
Foi até engraçado, pois fui chamada para diretoria sem mais nem menos - os coleguinhas de classe ficaram rindo e falando "Ui... O que você fez, hein, Erica?". Enfim, no fim, era para receber essa notícia. Fiquei muito feliz por todos elogios e pela escolha.
Os professores são pessoas muito pacientes. Por mais que tenha alguns estressados, que perdem a calma e acabam gritando e se desesperando, há aqueles que são a calma e a paciência em pessoa.
Quem aguenta uma turma barulhenta e bagunceira?
Quem suporta aquelas criancinhas berrando, brigando umas com as outras e ainda tem aquelas que jogam coisinhas, do tipo bolinhas de papéis, lápis, livros... (opa, livros acho que não, né?) nos professores?
É, realmente os professores são dignos de nossa eterna admiração.
Não acho que conseguiria ser professora, acho que eu sou muito explosiva para isso.
Como eu conversava nas aulas! Os professores, nas reuniões de pais, sempre diziam "Ah, a Erica é uma ótima aluna, ótima mesmo, mas há uma coisa: ela conversa muito, mais do que o homem da cobra...".
Enfim, eu não sabia que a cobra tinha um homem, mas tudo bem, pulemos essa parte.
No ensino médio, acho que melhorei no aspecto de conversas paralelas. Se bem que havia horas que eu voltava ao tempo de conversar como louca.
Porém, agora, quero fazer uma singela homenagem aos meus professores do ensino médio, pois foram os anos finais da minha vida escolar.

Silvana, suas aulas de português eram ótimas. Ficava feliz quando me escolhia para fazer alguma pergunta, e eu toda empolgada respondia e, quase sempre, acertava. Muito obrigada por me elogiar e por falar que eu era uma das melhores alunas na sua matéria. Sinto muito falta das suas aulas, sempre sentirei...

Sônia, nunca tive uma professora de matemática tão excelente quanto você! Não quero desvalorizar as outras, mas você ensinava de um modo tão fácil, eu entendia perfeitamente. Dava gosto de ver as minhas notas, por isso, mais e mais me empenhava, por uma questão de satisfação pessoal e também para ouvir um elogio seu, que era muito importante pra mim. Aulas de matemática? Só se for com você!

Ricardo... Nossa! Você, apesar de não ter sido o meu professor de biologia no colégio, foi no cursinho preparatório para o vestibular, e eu fiquei muito feliz por poder te conhecer e ter aulas maravilhosas contigo. Como você ensinava de um modo engraçado e fácil. Ria e aprendia com as suas aulas. Sinto uma enorme falta, de verdade.

Gustavo, você é melhor professor de história que eu já tive na vida! Viajava nas suas aulas. Sua voz era o meu transporte. Seu modo de ensinar era leve, você falava, e a gente viajava, vivenciava os momentos históricos, fixávamos o conteúdo de uma maneira quase mágica. Você, sem dúvida, é o melhor!

Alberto, poxa... Alberto! Por que eu nunca consegui entender química, hein? Eu bem que tentei, você bem que tentou, mas não deu. Nunca aprendi, você até dizia "Dona Erica, pare de nadar um pouco e vá estudar!". Eu juro que estudava, mas não conseguia assimilar a química. Química, pra mim, sempre foi o meu calvário, mas o senhor... ah, o senhor foi o melhor que eu já tive! Sempre irreverente, engraçado, autêntico em suas aulas. Sinto falta, não da matéria, tenho que ser sincera, mas do modo alegre que você ensinava.

Ah... Queria homenagear tantas pessoas, tantos mestres que me fizeram ser o que sou hoje. Se não por completo, mas, com certeza, em uma boa parte. Cada mestre que passou por minha vida, deixou um pedacinho de si comigo. Cravou sua marca em meu ser, na minha memória, no meu viver.
Meu muito obrigada penso ser pouco. O que posso fazer para agradecer, de verdade, é continuar tendo fome de conhecimento, é continuar crescendo e sendo uma eterna aluna, uma eterna aprendiz. E é isso o que eu serei.

Obrigada, mestres do saber de todo o país e do mundo!
O dia de vocês não é apenas no dia 15, mas sim todos os dias.
Meu desejo e meu pedido é que vocês não se deixem nunca desanimar, desacreditar em um futuro melhor e mais digno através da educação.
Persistam, jamais abandonem as lousas e os livros.
Continuem formando cidadãos e pensadores.
Continuem sendo essas pessoas maravilhosas, pacientes, sábias e dedicadas.

Que vocês, deveras, tenham tido um dia feliz. Vocês merecem!

(Erica Ferro)



Pauta para a 1ª edição relâmpago do PostIt - Ao mestre com carinho.



P.s: Gente, eu não sei mais fazer uma postagem e não colocar um P.s. Virou mania, vício, não sei nem como chamar.
Mas é que eu gosto de ter esse lado mais informal com vocês, deve ser isso.
Olha só, como o texto ficou enoooorme, eu não vou me estender muito nesse meu P.s.
Só quero, como sempre, agradecer e dizer que vocês são especiais pra mim.
E, claro, saber como vocês estão, essas coisinhas...
E, não menos importante, saber o que acharam dessa minha postagem de hoje: se ficou legal, mais ou menos, dá pro gasto, vixe! ruim demais...
Enfim, me digam, viu?
Grande abraço pra vocês, meus queridos.

13/10/09

De ti eu não vou desistir...

Vai, ele vai indo
Pega, menino!
O tempo já foi
Você não viu?

Como vapor ele subiu
Sumiu

Tempo, tempo
Não posso dar um tempo
O tempo não dá tempo pra mim

Tempo, por que você corre assim?
Por que você não gosta de andar junto a mim?
Te fiz algum mal, meu rapaz?
Ah, tanto faz...

Tempo, tempo...
Ensina-me a correr assim
Ensina-me a te seguir
A te curtir

Tempo, tempo...
Eu quero me apaixonar por ti

A música diz que é preciso paixão
Tempo, deixa que eu me apaixone por ti
Olhe, de ti eu não vou desistir!

(Erica Ferro)





P.s:
Meus amigos blogueiros, aqui estou eu (não, Erica, eles não sabem que você está aqui, haha!) mais uma vez.
Olha, hoje, sinceramente, não iria escrever nada (justamente por ultimamente não saber organizar as ideias), mas desde cedo fiquei refletindo sobre o tempo, o quanto ele passa rápido ou o quanto nós não sabemos correr junto com ele...
Enfim, como aproveitar o tempo que temos.
Então, nasceu esse poema aí.
Um poema na tentativa de conquistar o tempo, de fisgar seu coração.
Só devaneios, meus caros. Só devaneios...
Ei! De coração, acho que vocês estão a ponto de me esbofetear com a minha chatice "Obrigada pra lá, obrigada pra cá". Mas é sério, gente, não tem como não agradecer.
Olha, eu fiquei tão feliz com todos os comentários na última postagem, todos os 50, mas teve um...
Nossa, teve um que eu precisei ler UMAS DEZ VEZES pra acreditar no que lia.
Meu amigo blogueiro, que admiro muito, que escreve coisas lindas, tocantes, que me fazem refletir, me fez um elogio, que eu fui nas nuvens e voltei.
Eu me senti "a cara", sabem?

Recado para o Kaio Rafael:
Meu caro, da próxima vez você me mata, de verdade. Que comentário é aquele?
Lindo é pouco, tocante é pouco, emocionante é pouco, dizer que eu tive vontade de chorar de tanta alegria é pouco.
Enfim, o meu muito obrigada é pouco.
Espero, apenas, poder honrar a sua admiração escrevendo cada vez melhor.
E, olha, eu que te admiro muito. Você, sim, escreve maravilhosamente bem.
E, para que fique claro, não é balela, nem elogios falsos, é coisa da alma, é o que meu coração quer dizer pra você.
Kaio, para finalizar, saiba que você me fez muito feliz hoje. Muito mesmo.

Quem quiser ler o comentário, clique aqui e procure por Kaio Rafael.

Ai, gente, juro que um dia eu morro de tanta alegria. É, pensando bem, seria um belo modo de morrer, não? Certo, mas viver é melhor ainda.
Meu (de novo, desculpa) muito obrigada a todos.
Vocês me emocionam mais a cada nova postagem.
Grande abraço, meus queridos!

11/10/09

Poema do 'p'

Peste perniciosa provocou-me
Presunçosa paixão
Pressinto presídio
Portanto, peno
Pois passional pareço-me

Príncipe, projetei-te periastro
Porém projetou-me padecente

Paro paixão
Para, paixão!

Peno, peno, peno...

Príncipe, prometo-te paixão perpétua
Personifico-me prosa poética
Pois prematuramente por paixão pereci

(Erica Ferro)



P.s: Pessoas queridas do meu coração, quase que eu não venho mais aqui, não é?! Sumi meeesmo. Nunca passei tanto longe daqui, do meu cantinho.
Sabe quando a gente tem muito a dizer, sente que tem, mas não sabe organizar, não sabe como falar? Pronto, eu estou assim.
Esse poema do 'p' escrevi na sexta, postei-o no Pensamentos Devaneantes (escrevo lá também - é um blog em parceria com a minha amiga Letícia Christmann).
Enfim, o poema ficou meio difícil de compreender e até meio louco, mas foi um desafio proposto pelo Blorkutando (o desafio era criar um texto com todas as palavras iniciadas pela letra p). Não sei se o cumpri bem, mas tentei de todo o coração.
Blogueiros e blogueiras da minha vida, não preciso dizer o quanto estou feliz com todo o carinho de vocês, todas as visitas, todos os novos seguidores, todos os comentários...
Falando em todos os comentários, bati o recorde de comentários dessa vez. 62 comentários em quatro dias?! Sensacional!
Mas, sabe, não me importo tanto com números - o que me deixa feliz mesmo é ver que as pessoas, de alguma forma, gostam do que eu escrevo, se emocionam, se encantam, ou não, mas expressam sua opinião sincera.
Nossa, isso não tem preço!
Fico contentíssima em ver esse blog crescer. Ele cresce, e eu cresço junto com ele.
Então, desde já, agradeço do fundo do meu coração a todos vocês. Farei o possível para logo retribuir as visitas e passar no blog de cada um
E, prometo, não ficarei distante do meu Sacudindo Palavras por tanto tempo, certo?!
Desejo-lhes uma ótima semana.
Até breve, queridos.

Grande abraço.

07/10/09

Flor que me encantou...

A dor, meu amor, passou
Tudo em mim era um latejo só
Quase morri
Retornaria ao pó

Mas, meu bem, sabes bem
Sou o exagero em pessoa
Me perdoa?

De ti muito gosto
A vida sem ti, sentido nenhum teria
Beija-me a face
Fala-me das estrelas

Meu amor, a primavera chegou
Uma flor me encantou
É você, meu amor!

(Erica Ferro)



P.s: Poeminha mais besta, sô!
Bobinho, mas bem apaixonadinho.
Enfim, não postaria nada aqui hoje. Não tinha escrito nada, porém me veio aos dedos essas palavras que, pouco a pouco, se transformaram nesse poema meio sem pé nem cabeça, mas gostei.
É que eu sou assim às vezes, meio sem graça, meio sem jeito, meio sem sentido.
É uma boa mistura.
Aquela desorganização que havia em mim não resolveu, mas estou melhor e mais tranquila. Na verdade, a desorganização é uma coisa que sempre vai haver, por mais que eu tente organizar. Há mistérios e complicações em meu ser que eu nunca hei de desvendar e saber. Ou não, posso estar errada nessa minha teoria.
Um dia descubro, enfim, se tinha razão ou não.
Certo, comecei a devanear de novo.
"Pega a doida!" - alguém grita. (Risos)
Até mais, meus amigos!
Fiquem bem.

05/10/09

Não analisa não...

Não analisa não.
Era a palavra de ordem, espécie de lema que comandava o destino dos três, diante do qual nenhum obstáculo se sustinha. Acordo tácito, compromisso de honra: não analisar, porque do contrário surgiriam problemas, todos tinham seus problemas: esmiuçando motivos, prevendo conseqüências, nenhuma atitude seria possível, a vida perderia a graça.

(Trecho do livro O Encontro Marcado, Fernando Sabino)



Esse trecho do livro ficou guardado em minha memória. "Não analisa não."
É a pura verdade que, quando analisamos, refletimos, se vale a pena passar por uma situação ou não, se é arriscada, se irá nos prejudicar, o mais provável é que achemos milhões de empecilhos e de riscos.
Há coisas, obviamente, que precisamos analisar. Não dá pra fazer tudo no ímpeto, na sorte.
Porém não dá pra ficar analisando e planejando tudo, pois, como diz no livro, a vida perde a graça, as surpresas.

Por exemplo:
É feriado, o dia raiou e um lindo sol surgiu no céu. A sua casa está a maior bagunça, tudo para fazer. Seus amigos te ligam. "Vamos à praia?". Você não pode. E a casa, a bagunça, as louças na pia, a prova do vestibular que você irá fazer em breve? "Não analisa não".
A casa, a bagunça, as louças e tudo isso (o vestibular, dependendo da data dele e do quanto você tenha estudado, pode esperar...) podem esperar. Até porque são trabalhos que nunca se acabam, nunca terminam - e, convenhamos, não são muito prazerosos, não é?
Agora a nossa vida é única. Um dia não vivido com prazer e proveito, é um dia morto, um dia perdido.
Não digo que devemos viver desvairadamente e não fazer o que tem de ser feito também, mas abdicar de um dia de "convenções" para viver um dia de emoções vale a pena e não vai matar ninguém, certo?
É disso que falo.

"Não analisa não."
Não analisa os perigos ao ser cercado pelo amor. Invista, não resista, dê uma chance a ele. Se formos analisar, poderemos chegar a conclusão de que parte da humanidade não sabe amar, que só sabem iludir e enganar. Acabaremos não nos entregando e, talvez, perdendo uma chance de sermos felizes e amados (as).


Viver é um risco, mas não é uma predestinação aos acidentes. São apenas riscos.
Então, arrisque mais, viva com gosto e prazer!
Adicione doses de loucura à sua vida.

"Controlando a minha maluquez, misturada com minha lucidez."
Que exista um equilíbrio entre a nossa loucura e a nossa lucidez.
Que possamos sentir a brisa, ver o pôr-do-sol na beira da praia sem nos preocuparmos tanto com certas atividades infindáveis e que podem esperar.
Que possamos enlouquecer às vezes. Por que não?
Que entendamos que não analisar às vezes é bom.
Que podemos ver a graça da vida e sorrir de seus gracejos.

Só temos uma vida para viver e por que não aproveitar isso da melhor forma possível? Por que não esquecer das convenções, obrigações por algumas vezes?
Quebre as regras, de vez em quando.
Seja feliz sem medo!

"Não analisa não, coração!"

(Erica Ferro)



P.s: Oi, pessoas!
Tudo bem com vocês?
Olha só, hoje eu tinha muito, mas muito mesmo, pra falar aqui. Entretanto o dia foi muito corrido, não fiz nada que prestasse, mas voou e eu, simplesmente, me lamento por mais um dia deixado na memória (isso soou deprimente, eu sei...).
Enfim, não consigo organizar as ideias hoje.
Estou agoniada, revoltada, desesperada, estressada, atrapalhada...
É, não estou muito bem não. Não é tristeza, não é dor, é aquela fase que toda a mocinha-mulher passa. Os dias vermelhos, o choro sem razão, a agonia sem fundamento. Entenderam?
Quando eu estiver mais lúcida, venho aqui escrever coisas mais decentes.
O texto acima foi postado no Divã cor de rosa (blog coletivo que participo, como alguns sabem...), no dia 12/09/2009 (faz um tempinho...).
Enfim, espero que gostem do texto (que não é lá essas coisas, admito... é que não sei escrever direito mesmo, me perdoem...).
Ai, queria tanto ter falado algumas coisas que estão aqui pulando e se contorcendo dentro de mim, mas eu não consigo organizar...
A minha esperança é de, na próxima postagem, conseguir escrever e descrever parte do que se passa na minh'alma, na minha mente e no meu coração.
Fico por aqui, gente...
Grande abraço pra vocês.

02/10/09

Mude, molde, molde-se!

Mudanças: umas inesperadas e desconcertantes, outras opcionais e edificantes.

Sabem aquela música "Tudo muda o tempo todo no mundo...♫"? É a mais pura verdade.
Nada permanece igual por muito tempo. Agora é noite, daqui a algumas horas será dia.
E nesse dia, de muito sol (talvez até ironicamente ensolarado), uma pessoa queridíssima pra você subitamente morre. Você fica sem chão, se sente desolado e perdido. Como viver sem a tal pessoa, que era sua guia e companheira fiel?
A casa em que vocês moravam te lembra em todo o tempo ela, as roupas estão no guarda-roupa, o cheiro ainda está impregnado nas suas roupas de cama. E agora, o que se faz numa situação assim?

Você, depois de muito sofrer, resolve se mudar de casa. Também resolve fazer algo útil e bom: doa as roupas e todos os pertences dela para uma instituição de caridade - se sente mais aliviado com isso. Não por se desfazer dos pertences de quem um dia conviveu com você e você amou intensamente (e ainda ama!), mas sim por saber que tudo aquilo servirá para alguém e não te lembrará sempre que a pessoa não está mais lá, junto a ti, não fisicamente - pois, no fundo do teu coração, sempre estará presente.
Enfim, você mudou para não sofrer, mudou para se sentir mais aliviado e mais liberto de lembranças esmagadoras, aquelas que fazem mal, no fundo. Nesse caso, a mudança foi necessária, foi uma decisão, um posicionamento diante do sofrimento da perda.

E aquelas mudanças radicais no visual, que arrancam "Nossas" e "Caraca! Você ficou doido(a)!"?

Com certeza, de um dia para o outro mudar da água para a smirnoff ice choca. Que choque!
Por que se reprimir, por que maquiar o que se é o que se quer por medo do que as pessoas podem pensar ou falar? O que importa mesmo é que a pessoa que decida mudar totalmente não fira seus valores, não seja desonesta com ela própria.

E o que falar quando alguém diz: "Nossa, quando eu te conheci, você não era assim. Não tinha essas ideias tão... tão filosóficas, tão inquietantes..."?

Nada difícil. Apenas diga: "Querido(a), eu evolui. Eu cresci, aprendi com os erros e agora encaro a vida de maneira mais madura. Busquei sabedoria tendo um encontro comigo mesma. Observo o mundo e seus acontecimentos, as pessoas e seus comportamentos - com isso, cresço, expando a minha visão e meu entender."
Na certa, ele ficará sem fala ou sem reação, ou não. Talvez ele fale qualquer coisa, mas só é rebater com inteligência e muito jogo de cintura, que ele desiste da discussão (haha!).
É que as pessoas se surpreendem ao ver aquela pessoa bobinha e sempre submissa se rebelar e se mostrar como sempre quis ser: uma revolucionária, uma defensora de seus direitos e ideias.
Assim que tem ser, nunca se submeter às ideias e às imposições alheias, a não ser que se esteja, de fato, errado e não se tenha o dinheiro de reclamar nada. Por isso, sejamos sinceros e honestos ao defender algo, falemos do que sabemos realmente, para não passarmos por tolos.
Para simplificar e concluir tudo o que eu disse e o que eu queria dizer, mas ainda não disse:
As mudanças, sejam elas impostas pela sociedade ou pelo destino, exigem força e coragem para se adaptar a nova realidade, que pode não ser muito boa, mas será pior se não souber lidar e contornar a situação. Lembrar sempre: tudo é posicionamento diante da situação.
Mudar, voluntariamente, exige desprendimento. Quando se muda, se deixa para trás o que um dia foi. Se renova e se recria. Esse tipo de mudança exige, também, coragem e força para saber conviver e rebater as críticas que certamente irão surgir.
Costumo dizer que mudar molda ou desmolda. Quem quer melhorar, crescer como pessoa, escolhe se moldar. A nossa vida, às vezes, desmorona, se desmolda, mas nós é que temos o poder de moldá-la novamente, de deixá-la como será melhor e mais prazeroso para nós.
Portanto, mude.
Mude sempre que achar necessário. Molde a sua vida, molde a si mesmo. Transforme o que achar que precisa ser transformado. Vista-se como se sente melhor - não dê importância para os olhos "chocados" e reprovadores, pois eles não sabem o quanto você se sente bem sendo você mesmo(a).
Mude a música do seu mp(3,4,5,6...). Vá de bossa nova a rock and roll.
Mude a cor da parede do seu quarto. Vá de branco a rosa choque (e sem medo de ser feliz, de ser você!).

Simplesmente, mude! Mude e saiba conviver com as mudanças.

Mude, molde, molde-se!


(Erica Ferro)



Pauta para o Blorkutando.
Tema: Mudanças.

•••

P.s: Opa! Nunca mais tinha participado de uma edição do Blorkutando (quase que eu não participava dessa - falta de inspiração ou disposição, hehe!).
Enfim, mas dessa vez eu consegui escrever algo, ligeiramente, decente.
E aí, você gostaram, ficou legalzinha? Não vale me iludir, hein? (haha!)
Brincadeira! Sei que vocês são sinceros comigo e eu agradeço muito por isso.
Bem, queridos amigos, por hoje é só.
Ah, amanhã, sábado, tem postagem minha no Divã cor-de-rosa, não deixem de conferir, combinado?!
Gente, fiquei imensamente feliz quando saiu o resultado de quem sediaria as olimpíadas e paraolimpíadas de 2016. Será no Rio! (ninguém sabe, Erica! =P)
Mas de uma coisa vocês não sabem: que eu sou atleta paraolímpica, minha modalidade é a natação e que eu farei, desde já, tudo o que é necessário para fazer parte das paraolimpíadas de 2016! Será a minha grande chance. Chance de realizar o meu grande sonho, que é representar o Brasil em uma paraolimpíada. Imagina se, de quebra, ainda bato um recorde mundial (nem sonho alto, hein?).
É isso aí: Rio 2016, quero estar lá.
Que o Brasil trabalhe muito, para que podemos receber bem e honradamente tanto as olimpíadas como as paraolimpíadas (que é o que mais me interessa, hehe!).
A minha luta começa já, a do Brasil também.
Bom, a postagem de hoje fica por aqui.
Excelente fim de semana pra todos vocês, blogueiros!
Grande abraço com sabor de medalha de ouro e recorde mundial.