Título: Zootopia
Ano de produção: 2016
Direção: Byron Howard e Rich Moore
Duração: 108 minutos
Gênero: Ação; Animação; Aventura; Comédia; Família; Policial
País: Estados Unidos
Sinopse: Zootopia é uma cidade diferente de tudo o que você já viu. Formada por “bairros-habitat”, como a elegante Praça Sahara e a gelada Tundralândia, essa metrópole abriga uma grande diversidade de animais irreverentes sempre prontos para encarar uma nova e divertida aventura. Quando Judy Hopps chega em Zootopia, ela descobre que ser a primeira coelha da equipe da polícia, formada por animais grandes e fortes, não é nada fácil. Determinada a provar seu valor, ela embarca em uma aventura atrapalhada e bem humorada, ao lado do malandro raposo Nick Wilde para desvendar um grande mistério.
Creio que o fato de eu ser apaixonada por animações não é novidade para os leitores do Sacudindo Palavras. Já devo ter dito isso um bocado de vezes aqui, aliás. Penso que animações são sensacionais e geniais por terem a capacidade de falar do simples e do complexo e de atingir crianças e adultos ao mesmo tempo. Quando li a sinopse de Zootopia, soltei um "Que massa! Preciso assistir no cinema!". Imagina que fantástico uma animação que tem ação, mistério, aventura e comédia etc em doses certas? Assim é Zootopia.
Judy Hopps, uma coelha muito aguerrida, forte, destemida e sonhadora, nos ganha logo no começo do longa. Desde o início de sua vida, ainda uma coelhinha-criança, ela tinha um sonho que, segundo a maioria, era impossível: ser policial. Como uma coelha poderia figurar numa equipe policial, formada majoritariamente por animais de maior porte e fisicamente mais fortes? Judy não sabia como iria conseguir, mas sabia que daria um jeito de alcançar o seu objetivo.
Como podem supor, não foi fácil. Nossa amiguinha penou bastante para se tornar uma policial e, quando enfim se tornou uma, passou por várias situações constrangedoras, típicas pelas quais passam minorias. Ela precisava provar que poderia fazer as coisas, não coisas bobas, mas sim coisas grandiosas e verdadeiramente relevantes. Não sei se foi uma impressão minha, mas notei uma sacada muito boa dos roteiristas e diretores em problematizar o machismo, colocando em cena situações e comportamentos tão naturalizados que, só à luz do feminismo, se pode ter uma outra visão, desprovida de estigmas e livre de preconceitos.
Judy tem uma excelente qualidade: curiosa. E, graças à sua curiosidade, ela se achegou a Nick. E, se de início, foi uma ligação complicada por algumas razões, depois se tornou um elo natural e imprescindível para que, ambos, unidos, pudessem descobrir o que havia de errado em Zootopia. Nick, raposo sacana, bom de lábia e extremamente sagaz, ganha o espectador com facilidade. Judy e Nick, uma parceria inesperada que deu totalmente certo.
Zootopia discorre sobre temas muito importantes, de modo leve, mas certeiro. Machismo, feminismo, pré-julgamentos baseados em aparência, dentre outros assuntos. Uma lição que aprendi com essa animação é que eu, você e todo mundo podemos ser o que quisermos ser. Não nascemos predestinados a fracassar ou a vencer. Nossas escolhas é que irão nos levar além do que jamais ousamos sonhar em chegar. Não importa como somos fisicamente, mas sim o que há por dentro de nós. Nossa força é o que importa. É nosso caráter que vale. São nossas reais intenções que podem sugerir quem somos. Não devemos desistir do que realmente queremos, mesmo diante das adversidades e/ou dos olhares reprovadores e incrédulos. Não podemos perder a fé em nós mesmos, na nossa capacidade de ir além, de nos superarmos e alcançarmos os nossos sonhos mais profundos.
Os personagens são muito bem bolados, cada um com suas características marcantes. Judy e Nick, os protagonistas, são um show à parte. Porém, os pais de Judy ganharam meu coração pela sua fofura e cuidado com a filhota coelha. Eles me desapontaram por conta de alguns posicionamentos, mas que são explicáveis. Sendo assim, estão desculpados (risos). O prefeito e a vice-prefeita de Zootopia têm importância fundamental no desenrolar da investigação. Alguns componentes da equipe policial são simplesmente hilários e eu ri loucamente com algumas cenas. E, caramba, a parte policial da animação não deixa a desejar. Os animais, os ditos predadores de outrora, que na atualidade vivem como seres racionais e sociáveis, passam a agir de modo estranho e alguns retornam aos seus instintos selvagens, irracionais, causando tumulto e pânico em Zootopia. Judy e Nick precisam, então, encontrar respostas para os acontecimentos esquisitos e o desfecho é bom. Não que seja algo fora do comum, mas não é algo besta. A resposta do mistério me satisfez, bem como não achei tão óbvio o personagem que estava por trás de tudo o tempo todo.
A trilha sonora é sensacional! Há uma personagem que é uma espécie de fenômeno pop no mundo de Zootopia. É a Gazelle! Adorei esse nome (risos!). Quem dá voz a Gazelle é Shakira, diva, linda e dona de uma voz inconfundível. Sem mais delongas, corram para ver Zootopia nos cinemas. Garanto que, no mínimo, vocês vão se divertir bastante! Se chegarem a assistir, não esqueçam de comentar comigo o que acharam do filme. Combinado?
Quero deixar dois vídeos bem bacanas aqui, o primeiro é a música-tema de Zootopia e o segundo é o trailer:
Trailer
Erica Ferro
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