19/06/13

Vamos derrubar todos os muros

Confesso: sou mais de ficções ou de discussões de outro cunho. Confesso também que tinha um comportamento cagão, medroso, para manifestações nas ruas sobre qualquer assunto: sempre arrumava uma desculpa pra não ir, não por mostrar ser uma pessoa nas redes sociais e na real ser outra. Na verdade, eu realmente era a favor de muitas dessas causas, mas me faltava coragem. Coragem para mostrar minha opinião e minha voz, e lutar pelo que acredito que seja certo. Entre miúdos, eu não me posicionava, a não ser pela internet, por meio de textos (o que não deixa de ser uma voz). Como disse lá em cima, não sou muito acostumada com essas discussões. Mas descobri aos poucos que todos podem ter essa voz, inclusive eu. E com essas manifestações por causa do aumento da passagem em todo o país nos últimos dias tomando força, essa discussão veio ainda mais à tona. E a voz não é pra cochichar não: tem que gritar.
O estranho é que para gritar, temos que mover muros. Muros da ignorância de muitos, maiores do que cem muros de Berlim juntos. Muros da nossa própria, não vamos ser tão condescendentes. Muros midiáticos, do que a TV nos mostra, uma verdade editada a qual temos de dizer sim. Temos que subverter também muros dos “do contra”: aqueles que antes, reclamavam dos ativistas de facebook e que pra continuarem sendo chatos, tiveram que adequar a sua opinião. Agora que milhares de pessoa em todo o país fizeram o logoff do facebook e foram para as ruas, é só por causa de 20 centavos! Pois é! Até porque só uma pessoa usa o ônibus, e nem volta, porque só assim mesmo pra ser apenas 20 centavos. Multiplique esses 20 centavos por cada vez que você entra num ônibus, por cada pessoa que entra por dia em cada ônibus, por mês, por ano, e por aí vai. Até o próximo aumento. E sem ver esse retorno na forma de novos ônibus, menor intervalo entre eles, melhora nos terminais e aumento nos salários dos cobradores e motoristas fica difícil ficar calado por mais um ano, por mais um aumento (agora tá melhorando só pela Copa, aquela coisa "pra inglês ver", essa maldita que quer mostrar um Brasil que nunca foi).  
 Me preocupa ver as pessoas comprando o que a mídia vende. No início, eles tratavam como vândalos e pouco se falava sobre a ação da polícia de forma verídica. Agora, fazem questão de deixar claro que é uma minoria que vandaliza, e que os protestos são essencialmente pacíficos. E sabe por que? Perceberam o poder, as ruas do país (e fora dele) cheias por uma mesma ideia: não são só 20 centavos. É tanta coisa, e ao mesmo tempo, a mesma: corrupção. Temos foco sim, claro que temos. E quando não se pode com um oponente, tem que se juntar a eles. Por isso estão mudando o discurso. Por isso o Jabor pediu desculpas do que tinha falado no jornal. Não é por acaso, nem por bondade. Prestem atenção em cada detalhe. 
 Gente, não seremos ouvidos falando baixinho, não seremos ouvidos apenas andando pelas ruas com cartazes. Barulho não é violência, barulho quer dizer: ei, nós estamos aqui, demorou, mas estamos acordando pra lutar pelos nossos direitos! Violência é a polícia que em qualquer confronto desse tipo, age com os manifestantes como se fossem bandidos.  Não pude deixar de lembrar do horror das pessoas sendo levadas como bandidos mesmo, por policiais, num dos protestos contra o aumento de passagens que já tiveram aqui em Recife...porque estavam lutando pelos seus direitos! Ou seja: é assim, é uma cultura enraizada: quem protesta tá errado, é vândalo, não pode, não pode. Epa, pode sim. Aliás, deve. E é claro que os vândalos existem: uma minoria manobrada por pessoas que querem tirar a seriedade do movimento. Não nos envolvamos, sejamos contra isso também. Mas, infelizmente, não se pode controlar tudo e todos. 
E nenhuma luta pelos nossos direitos é indigna ou pequena, a pequenez está na cabeça de quem não entende. Começa pela passagem, mas irá por vários aspectos. Estamos parando de apenas assinar petições pra marcar presença. Pra engrossar o grito. 
E te digo: você não encontrará o entendimento sobre essas questões nas suas teorias já manjadas. Mas dê uma olhadinha na história: praticamente nenhuma grande mudança é feita sem gritos, não é feita sem voz, bradada a plenos pulmões. Parar de falar, e agir. E dia 20/06 eu estarei aqui em Recife com um cartaz enorme na minha primeira manifestação. De pé e cabeça erguida, pois se tantos foram dignos pra sair do facebook e engrossar o protesto, eu vou também. Serei uma entre muitas, mas mesmo assim, mais uma. E espero que muitos e muitos se inspirem e compareçam. Lembre-se: a luta pelos direitos nesse país nunca vai ser fácil, e você nunca vai entendê-la se não quiser. Mas eu aposto que muita gente já entendeu, tá mobilizando outras e isso me deixa feliz. Tem jeito. E com certeza não é de braços cruzados ou reclamando que os protestos estão virando modinha. Que bom que essa modinha tá crescendo. É a modinha do povo acordado, e claro que faz muito medo a quem quer tudo como está, na mais perfeita (des)ordem política. Vai nessa! Acordamos de uma vez. Chupa essa manga!



Dia 18 de junho de 2013 com certeza figurará nos próximos livros de história: o Congresso Nacional, tomado pacificamente pelos manifestantes. Foi muito bonito ver isso. Dá muita esperança, sabe. E o Brasil todo tá lutando com a arma que tem: a voz. Agora de uma vez por todas percebemos que é assim que se faz política, e não por petições e reclamações nas redes sociais, apenas. Mas estas estão sendo as nossas armas na luta de verdade também. Os que criticavam a nossa geração certamente não contavam com a nossa astúcia. #chapolinfeelings
O Brasil e mais vários países estão nessa luta. Acompanhe e se concorda, participe dos protestos que estão por vir.

Meu nome é Tailany Costa e eu blogo no Despindo Estórias. Também estudo Letras, sou louca por uma boa leitura e amo discutir sobre elas. Mas hoje eu vim aqui a convite da Ericona e decidi discutir outro tipo de coisa, como vocês puderam ver ler. Aliás, obrigada pelo espaço, querida! ;)


04/06/13

Roxette! Roxette! Roxette!



 Olá! Meu nome é Joyce Carolini. Escrevo no Querido blog meu! Fui convidada pela querida Erica, para falar sobre um assunto que gosto muito: Música! Bom, espero que gostem! :)





Um pouco sobre eles.



         
Roxette é uma dupla de música pop rock sueca, formada por Marie Fredriksson e Per Gessle. A dupla alcançou sucesso mundial entre o fim dos anos 80 até meados da década de 90, período em que tiveram dezenove singles no top 40 do UK Singles Chart e quatro singles nos Estados Unidos: "The Look", "Listen to your heart", "It must have been Love" e "Joyride". Além disso, a dupla foi certificada pela Recording industry Association of America (RIAA), com dois álbuns de platina - Look Sharp!, de 88 (lançado nos Estados Unidos em 89) e Joyride, de 1991, bem como dois singles de ouro - "The Look" e "It must have been Love".

Em 2008 o tabloide britânico "The Sun" divulgou uma lista com as 50 cantoras que nunca serão esquecidas na história da música. Marie ocupou a 16º posição. Com músicas em novelas e filmes. Cinco apresentações no Brasil, o Roxette vendeu mais de 75 milhões de álbuns e 25 milhões de singles no mundo todo. Ao longo de mais de vinte anos de carreira.






Nem sempre foi um caso de amor.



         Roxette começou a fazer parte da minha vida, quando eu ainda era pequena. Os CDs que mais tocavam aqui eram os da dupla. Não tenho dúvidas sobre isso! Em dias normais ou nas festinhas lá estavam Marie e Per embalando o momento. Preciso e quero admitir algo importante: Eu não gostava das músicas, reclamava muito e principalmente quando Baladas en Español começava a tocar. Pedia até cansar que outros CDs fossem escolhidos, mas o meu pedido não era atendido nunca! haha! Mas algo começou a acontecer. A implicância tomou outro rumo.

Com o tempo passando e eu crescendo, meu gosto musical foi se aprimorando. Fui aprendendo a gostar deles e, então, compreendi o porquê de suas canções fazerem tanto sucesso! Não só aqui em casa, mas pelo mundo afora. Aprendi a apreciar boas coisas. São algumas músicas que falam sobre o amor. É o timbre de voz tão diferente do Per. É aquela coisa bonita que a Marie faz ao final de Crash! Boom! Bang! É o fato de eu não ter uma música predileta (bom, não conseguir escolher). Mas, considerar Milk and Toast and Honey tão fofa! Letra, ritmo, clipe! É a vontade de vê-los num show. É esse texto está sendo escrito sem nenhuma música deles. Pois do contrário, eu estaria completamente desconcentrada. É aquela música, do "CD Rosa", sendo ouvida durante uma tarde inteira. Sou com meus fones, cantando com meu inglês imperfeito. Músicas que um dia eu não gostei, mas hoje... Eu ouço e repito. Mais uma vez e mais uma vez!

                       Roxette! Roxette! Roxette! by Joyce C. on Grooveshark 
      Milk and Toast and Honey... Make it sunny... On a rainy Saturday. He-he-hey.
Milk and Toast... Some coffee, take the stuffiness out of days you hate, you really hate!
    





Erica, meu bem! Obrigada pelo convite, viu! Eu amei! Foi muito bacana escrever esse texto. Escolher fotos, pesquisar um pouco mais sobre a dupla e fazer a playlist. Espero não ter exagerado na quantidade de músicas selecionadas. Vocês entendem, né? É difícil escolher poucas! haha!  Gosto demais do Sacudindo Palavras e ter um texto aqui é ótimo! Então... É isso! Beijos e Paz!

12/05/13

♫ Escrevo-te estas mal traçadas linhas... ♫



imagem extraída daqui

Moço, essa é uma das muitas cartas que te escreverei e deixarei debaixo do colchão. Eu não tenho coragem de enviá-las. É medo, acho. Medo de você não me corresponder. Medo de você corresponder. E, se corresponder, eu não saber o que fazer, como agir, o que falar. Porque eu não entendo nada de amor. Não o amor na prática, sabe? Eu poetizo mal, mas amo bem (na teoria). Amo bem, bem intensamente, bem loucamente, bem enormemente. E é assim que eu te amo. Não ouso contar isso a você por medo. Sim, eu sou cheia de medos, porque posso te assustar. É muito amor. Muito. Há quem se assuste e se afaste depois de ouvir declarações de amor veementes, incandescentes. E eu quero você perto de mim, do jeito que for, como der. Não iria aguentar você distante, na defensiva. Olha, é só amor demais. Não é prejudicial, eu juro. A única possível prejudicada sou eu, porque amar demais assim, e calada, dói demais. O coração fica em frangalhos de tempos em tempos. A causa? Saudade. Vontade de dizer aos quatro ventos quem é o meu amor e o que ele causa em mim. Um desejo gigantesco de gritar seu nome e dizer o quanto acordo aos suspiros quando sonho com você. Aliás, deixa eu te dizer. Adoro sonhar com você, porque nos sonhos o amor que sinto por você é recíproco, os carinhos são mútuos e os suspiros infinitos, partidos de ambos. Perdi as contas de quantas vezes já sonhei com você. Foram tantas vezes, tantas, tantas! Sonhos maravilhosos, encantadores e acalentadores! Eu ainda sinto o calor e o carinho do seu abraço envolvendo o meu corpo. É loucura? Não sei, mas sei que eu sinto o seu abraço, mesmo nunca tendo ganhado um abraço seu. Eu preciso te ver, moço. Preciso mesmo. Preciso te ver, te abraçar e sentir você bem pertinho de mim, aspirar seu cheiro, mexer nos seus cabelos. Quero encostar a minha cabeça em seu ombro, pra que você possa brincar com os fios dos meus cabelos enquanto me canta uma canção.
Ah, moço! Você mexe tanto comigo, tanto! Como faço agora? Envio-te essas cartas? E se a recíproca não for verdadeira? 
Mas... ah! Sonhar com você é tão bom, mas realizar esses sonhos seria infinitamente melhor. 
Eu não sei se as enviarei, só sei que agora estou meio embriagada por todas essas palavras de amor que agora te escrevo e que agora, especialmente agora, eu seria capaz de te enviar essas cartas. Seria capaz até de mais: de te ligar de madrugada dizendo o quanto você me deixou apaixonada. Você provavelmente acharia que eu estou bêbada. É que o amor também embriaga, sabe? E a ressaca do amor é a saudade. 
Ah, moço! O que faço comigo? O que faço com você? O que faço com essas cartas?

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Porque eu sempre tenho que postar essas coisas melosas e fantasiosas por aqui, certo? Senão não seria o meu blog, porque metade do Sacudindo Palavras é amor e a outra metade... também.
As coisas estão um tanto corridas (não lembro se disse isso no post anterior), mas sempre que possível blogarei e visitarei os blogueiros queridos que passam por aqui e sacodem as suas palavras.
Aviso, novamente, que não esqueci de resenhar o livro Proteja-me (primeiro, de muitos, que irei sortear aqui em parceria com a Novo Conceito). É que, como disse linhas antes, a minha vida anda um tanto corrida e, em consequência disso, minhas leituras estão atrasadas.
Sinceramente, eu espero conseguir ler, resenhar e colocar no ar o sorteio de Proteja-me antes do final de maio. Farei o possível.
(...)
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(...)
Um abraço da @ericona.
Hasta la vista!