fonte da imagem |
José
Ephim Mindlin nasceu no dia 8 de
setembro de 1914, na capital de São Paulo. Mindlin, desde criança, demonstrou
um amor, cuidado e apreço enormes por livros, e foi nessa época em que José
Mindlin iniciou a formação do acervo de sua biblioteca, que, paulatinamente,
foi crescendo e se tornou uma das maiores do Brasil.
José
Mindlin foi jornalista, advogado, empresário, mas o seu lado mais conhecido e
admirado é, sem dúvida, a de ter sido um bibliófilo. Foi redator do jornal O Estado de S. Paulo durante quatro anos
(1930 – 1934). Exerceu a advocacia por muitos anos e, posteriormente, fundou,
em 1950, a empresa Metal Leve S/A.
Fosse como jornalista, fosse como empresário, Mindlin nunca deixou de ser
bibliófilo: pode-se dizer que o seu amor por livros “nasceu com ele”.
Edson Nery da Fonseca, em seu livro “Introdução
à Biblioteconomia”, diz que, na década de 70, Gastão de Holanda recebeu
auxílio financeiro para a Editora Fontana de José Mindlin e sua empresa Metal
Leve S/A.
José
Mindlin sempre buscou estar atrelado a cultura brasileira, como incentivador e
como disseminador do conhecimento. Mindlin fez parte de uma variedade de
conselhos de museus nacionais, mas também de conselhos internacionais, a
exemplo de ter sido nomeado membro emérito da Diretoria de umas das principais
bibliotecas de livros raros de todo o mundo, a John Carter Brown Library
(Estados Unidos).
Em
uma entrevista, José Mindlin fala de sua esposa, Guita, e do quanto que ela apoiou
o seu lado bibliófilo. Foi, indubitavelmente, a sua grande companheira, como Mindlin
mesmo disse, “em suas andanças por antiquários e sebos” em busca de raridades.
Mindlin também disse em sua entrevista que, quando eles encontravam algo a um
preço um tanto alto, que Mindlin queria, mas hesitava pelo preço, Guita o
incentiva a comprar. Uma parte muito bonita da entrevista é a parte na qual
José Mindlin diz que nunca precisou entrar em casa com um livro raro escondido,
coisa que acontece com muitos bibliófilos. Guita não só lia todos os livros que
Mindlin comprava, como também o impulsionava a comprar mais livros, porque
sabia da paixão do seu marido pelo universo literário, universo do qual ela
também adorava fazer parte.
Ainda
na mesma entrevista, Mindlin discorre sobre a Coleção Brasiliana, iniciada em
1927, mas, que, segundo Mindlin, primeiramente tinha intento de fazer estudos
brasileiros, reunindo livros de história e literatura. O que aconteceu é que a
Coleção Brasiliana cresceu tanto, mas tanto, que “excedeu a propriedade
individual”, palavras de Mindlin. Ciente de que a sua Coleção Brasiliana era de
uma riqueza ímpar, Mindlin e família decidiram doá-la a Universidade de São
Paulo (USP).
Mindlin
morreu em 2010, aos 95 anos, por falência múltipla dos órgãos, após um mês de
internação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
“Nós sempre fomos depositários dos livros, muito mais do que proprietários, porque a gente passa e os livros ficam.” (José Mindlin)
Mindlin
não apenas passou por essa Terra, mesmo porque ele marcou a História do Brasil
e até mesmo Mundial, como um ser humano singular, um dos maiores bibliófilos
que o mundo já viu, que amava imensamente e intensamente os livros e passou a
vida a disseminar esse amor por onde quer que passasse.
Erica Ferro
• • •
Olá, pessoas! Tudo bem?
Well, escrevi esse texto sobre o Mindlin há um bom tempo (eu estava ainda no primeiro semestre de Biblioteconomia). Foi escrito para ser publicado no jornal do Centro Acadêmico do Curso de Biblioteconomia. Houve alguns problemas de impressão do jornal e eu não sei se ele foi ou não distribuído para os discentes. Sei que há uma versão em pdf do jornal.
Mas enfim, esse texto está no seção "Homenageado do mês". Eu nem preciso dizer o porquê escolhi homenagear o Mindlin, não é? Está tudo no texto. Espero que gostem.
(...)
Curtam, sigam e recebam um abraço apertado e carinhoso da @ericona.
Hasta la vista!
Oi Erica!
ResponderExcluirA história do Mindlin é mesmo impressionante. O seu texto ficou ótimo!
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Belíssima postagem sobre Mindlin. Acho lindo quem tem a possibilidade de ter um acervo tão grande e tão bem cuidado como ele. Beijos.
ResponderExcluirAchei ótima a sua postagem. Eu não estava familiarizada com o Mindlin e fiquei curiosa para saber mais dele. O trabalho dele foi louvável mesmo. =D
ResponderExcluirBjs, @dnisin
www.seja-cult.com
Que post legal.
ResponderExcluirÉ sempre bom conhecermos mais pessoas que adoram os livros!!
Vou procurar saber mais dele!
Beijos
http://plantaoonline.blogspot.com.br/
Esse homem é tudooo de bom, menina! kkkk Um gênio! Eu vi um documentário sobre ele outro dia.
ResponderExcluirBeijos!
Paloma Viricio-Jornalismo na Alma.
Gostei da frase dele. Eu vou passar, e não sei para quem vou deixar minha biblioteca que está se formando... rs
ResponderExcluirBeijos
Gostei da história dele, grande homem!
ResponderExcluirBeijos
Oi Érica, quanto tempo!
ResponderExcluirFico feliz que você tenha se identificado com meu texto ao ponto de dizer que somos parecidas.
Não conhecia o Mindlin, mas foi bom conhecê-lo. E que delícia ter seu texto num jornal, né? Um dia chego lá! rs
beijo, Erica!
Volta lá no Pequena.
verdade, a gente passa e os livros ficam...para outras pessoas
ResponderExcluirOlá Érica
ResponderExcluirGostei de conhecer um pouco mais sobre esta excelente pessoa.
Estou seguindo seu blog para acompanhar as atualizações e sempre que puder fazer uma visita.
Abraços
http://reaprendendoaartedaleitura.blogspot.com.br/