14/12/12

Filme: 50/50


Sinopse: Adam (Joseph Gordon-Levitt) tem apenas 27 anos e descobre que está com câncer. O problema é que ele não fumava, não bebia e foi difícil entender porquê foi aparecer um tumor em sua vida. Mas para ajudar a enfrentar essa pedreira ele vai contar com a ajuda de seu melhor amigo Kyle (Seth Rogen), um cara muito alto astral, e também de uma analista (Anna Kendrick) que não é de se jogar fora. Dessa forma parece até que suas chances de sobrevivência em torno dos 50% não tão ruins assim. Será que não mesmo?






Descobri o filme 50/50 há um bom tempo, baixei-o faz um tempinho também, mas, como é típico da minha pessoa, procrastinei um bocado pra vê-lo, sabe-se lá por que. Não era por não achar que o filme não era bom ou porque eu tinha um pouco de receio de ficar emocionada demais com a estória. Não, é apenas a minha mania de procrastinar. Como disse em posts anteriores (ainda farei um post exclusivamente pra falar sobre o quanto eu procrastino com tudo na minha vida ~risos~), tenho mania de deixar as coisas pra depois, até aquelas coisas que poderiam me fazer feliz, me divertir. É um erro tremendo, certo? Até porque a vida é curta demais, e se perder em procrastinações é jogar fora todos os dias de uma vida.
Mas enfim, falemos do filme. Eu sabia que ia adorar o filme quando li a sinopse. Não me enganei. Pelo contrário, gostei mais do que achei que gostaria.
Adam Lerner é um cara certinho, tem 27 anos, é jornalista e trabalha numa rádio. Quando digo cara certinho, sim, quero me referir que Adam andava na linha: não bebia, não fumava, não fazia nada que fosse considerado errado ou fora da lei. Adam tem uma namorada metida a artista chamada Rachel. A vida estava legal para Adam... até quando ele passou a sentir muitas dores na coluna e procurou um médico. Ele descobriu que, mesmo tendo passado 27 anos da sua vida andando na linha, fazendo tudo corretamente, isso não o livrou de um câncer raro na coluna. Honestamente, se fosse eu, não saberia lidar com isso. Acho que ficaria tal como o Adam ficou: meio sem acreditar, repetindo a si mesmo que ele ficaria bem, que daria tudo certo, que ele sairia daquela. Parte de Adam repetia todas essas frases positivas, mas parte dele estava com medo. Sua mãe ficou devastada com a notícia. Ela o amava profundamente. Ela já sofria com a doença do pai de Adam, alzheimer, e ficou meio que obcecada por querer cuidar do Adam. Ela estava com muito medo de perdê-lo. Rachel, a namorada de Adam, à princípio, se prontificou a cuidar dele, a "estar ali para ele", mas não foi o que aconteceu. Não sei se como é lidar com isso de câncer, mas acho que, quando a gente se dispõe a ficar com alguém, por livre e espontânea vontade, temos que realmente "estar ali" em todos os momentos, não importa o quanto seja difícil, o quanto seja doloroso. Ela não foi esse porto seguro para Adam. Pelo contrário, Kyle, o melhor amigo de Adam a pegou traindo Adam com um cara pouco depois de Adam ter descobrido o câncer. Adam terminou o relacionamento com Rachel. Kyle, um cara muito divertido, adorava Adam, mesmo que não demonstrasse isso com palavras bonitas ou declarações emocionadas. Kyle tentava fazer Adam se sentir bem consigo mesmo e com a vida apesar de tudo que estava acontecendo. Kyle tinha medo de perder Adam, mas não confessava isso nem para si mesmo. 
Assim que Adam descobriu o câncer, ele começou a fazer terapia com uma psicóloga jovem, Katherine. No início, Adam ficou meio chocado por causa da idade da moça, achou que encontraria uma velhinha esperando por ele no divã. Katherine era uma iniciante nessa coisa de ser terapeuta e Adam estava perdido, ainda que não confessasse e que tentasse convencer a todos que estava bem. Eles foram aprendendo um com o outro. Ele a torna uma terapeuta melhor e Katherine o ajuda a lidar o melhor possível com a sua vida, com a doença, com tudo enfim.
Ao longo da estória, Adam vê a vida sob uma perspectiva. Ele faz alguns amigos que também têm câncer, se diverte com eles da maneira que podem, ri com eles das desgraças da vida e chora quando um deles morre. E, então, ele realmente sente que pode morrer e isso o devasta por dentro, o que é refletido por fora. Numa de suas consultas com Katherine, ele explode e realmente se mostra com medo, com raiva por isso estar acontecendo com ele e, acima de tudo, cansado da doença, cansado da incerteza e desejoso de que aquilo tudo apenas acabe e tudo volte a ficar bem como era antes.
O resto do filme é emocionante. Não posso contar como é o final, mas posso dizer que foi como eu queria. Tá, eu queria um pouco mais, mas foi um belo final e eu fiquei muito feliz por Adam, por seus pais, seu amigo e sua terapeuta.
Apesar de o tema 50/50 ser pesado, o filme não é tão duro quanto possa parecer. 50/50 é dramático, sim, mas também é divertido, é bem-humorado, reflexivo e até romântico.
A verdade é que nós podemos morrer a qualquer momento, seja por câncer, seja por qualquer outra coisa. Não importa o quão regrada seja a nossa vida, o quanto façamos a coisa certa, uma hora a morte se apresenta para nós. Okay, isso de fazer a coisa certa às vezes influi bastante, mas, em outros, como o do Adam, não. Porque, no fim, o que vale não é o quanto vivemos, mas sim qual foi a qualidade da nossa vida: o quanto fomos felizes, o quanto aproveitamos cada segundo da nossa existência.
Eu adorei a atuação de Joseph Gordon-Levitt. Adorei o amigo louco de Adam interpretado por Seth Rogen. Katherine, interpretada por Anna Kendrick, se mostrou muito prestativa e amiga quando Adam mais precisava, portanto foi impossível não gostar dela. 
Enfim, esse post ficou imenso. O que eu tenho ainda a acrescentar é: assistam 50%, é um filme maravilhoso. Não se deixem assustar pelo tema do filme, apenas assistam e me deem razão quando digo que é um filme encantador e altamente gostável.

O trailer:


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Acho que nunca tinha falado de filmes aqui antes, mas sempre é tempo, né?
Vejo vocês em breve.
Um abraço da @ericona.

20 comentários:

  1. Adoro dicas de filmes! Vou procurar para ver...

    Beijocas

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  2. Esse filme é demais! Eu fui assistir ele esperando por algo MUITO bom e não fui decepcionada.

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  3. Aaah, fiquei com vontade de assistir. Vou procurar.
    Achei legal o trailer mostrar as fases do luto, isso por si só já me ganhou kkkkk Gosto de filmes dramáticos.

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  4. Já assisti e amei! Ótima dica. :)

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  5. Eu assisti o filme semana passada. É muito bom. Fiquei emocionada. Joseph Gordon-Levitt, na minha opinião, é um dos melhores autores da atualidade. Ótima resenha. Beijinhos.

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  6. Confesso que agora estou em uma fase que adoro assistir filmes, é uma boa dica espero que eu consiga ver porque a internet não anda boa pra baixar filmes e tem mais rede junto no caso o que complica mais, entre a dona preguiça e tal!

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  7. Gostei da dica! Certamente assistirei na primeira oportunidade! :*

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  8. Que super interessante esse filme deve ser. Acredita que não conhecia? Querooo muito ver. Adorei sua resenha sobre.
    Beijos!
    Paloma Viricio- Jornalismo na Alma

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  9. Ameei ameei, Só o treiller já me emocionou!

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  10. Eu até gosto de filmes assim. Quando vi lado a lado com a Susan Sarandon e a Julia Roberts, adorei. Esse ator que faz o amigo do Adam é muito engraçado, mas acho que no momento estou querendo ver outros tipos de filmes. De qq forma vou anotar esse aí pra lista. Beijos!

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  11. Érica gostei bastante da dica, parece um ótimo filme, não vi ainda, vou atrás de baixar, adorei a sinopse e a resenha, beijinhos

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  12. Eu quero muito assistir esse filme, ele parece ser muito bom. Adorei o post.
    Beijos.

    http://palavrasdeumlivro.blogspot.com.br/

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  13. Uma amiga do trabalho já me indicou esse filme há um bom tempo, mas eu também tenho a mania de procrastinar tudo, como você. Eu acredito que a história deva ser mesmo muito linda, e pelo que você contou dela, parece mesmo muito "reveladora", mas não sei se conseguiria assistir numa boa. Tenho muito medo de perder as pessoas que amo, e acho que me sentiria ainda mais insegura quanto a isso se assistisse. Ou não, e isso me fortaleceria, quem sabe? Acho que vou dar uma chance pro filme, sim.
    Beijos!

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  14. Olá Erica, Adorei a sua visão da história, e vi esse filmes, e ele reflete realmente tudo que você falou, gostei bastante do filme, acho que o papel da katherine influiu de forma bastante significativa no tratamento do Adam ;D

    beijos

    Jéssica - Strawberry de livros e filmes

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  15. Ola não conhecia esse filme mas parece bom, vou querer assistir, valeu a dica

    bjos

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  16. Assisti esse filme já tem um tempinho. Eu adorei! *--*

    (Nossa! Quanto tempo não comento aqui, haha)

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  17. Fiquei com vontade de ver esse filme. Vi uma foto do Gordon careca e queria saber de onde era. Agora vou ver *-*

    ☠ ‏Vitamina de Pimenta ☠ ‏

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  18. Adorei o trailer, não retrata o câncer como a maioria dos filmes, de uma forma triste e sim de uma forma mais descontraída e engraçada.
    Vou baixar. (:
    Beijos

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  19. Bonita a tua reflexão.
    Parabéns, do meu ponto de vista você acertou em muitas coisas.
    Seu blog é fascinante, gostei muito dele e estou seguindo!
    Tenha um final de semana maravilhoso
    E continue sempre postando, vou estar sempre aqui curtindo suas ideias!

    beijinhos

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  20. Olha eu aqui Ericona kkk.. Bom, eu gostei do filme, foi uma indicação de um amigo na época. Realmente o filme nos faz pensar na vida, mas mostra que devemos tbm ter a pitada de humor nas coisas da vida. Bom filme para pensar e repensar na vida. Gostei do post. Abraços, Mika

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