Nessa madrugada, os pesadelos resolveram atacar (e com força!) a blogueira que vos fala. Tive vários pesadelos e em todos eles pessoas tentavam me matar. Sabe-se lá porquê! Povo louco! Enfim... Não lembro com exatidão de todos os detalhes desses vários pesadelos da madrugada anterior. Só sei que tentaram me matar na base da pedrada! Sim, uns meninos, que eu nunca vi na vida, resolveram me matar à pedrada. Mas, gente do céu, não eram pedras... Eram verdadeiros e gigantescos e mortais paralelepípedos! Sorte que nenhum conseguiu me atingir. Porém, sentia as pedras, ou os assustadores paralelepípedos, passarem rente a minha face, inclusive "cuspindo" areia nos meus olhos e boca. Angustiante, angustiante!
No outro pesadelo (sim, da mesma madrugada!), um carro, numa desvairada velocidade, me perseguia; não sei se dirigido por um homem ou uma mulher, só sei que tentava a todo custo me atropelar. Desesperador, meus caros, desesperador! Mas, por milagre, me safava de mais essa! Sou demais até em sonho! Certo, não sou demais. Foi horrível.
E bem, o último não foi bem alguém tentando me matar, mas de qualquer modo eu acabaria morrendo. Estava eu num Campus de alguma universidade, andando sobre uma rampa super alta, sem poder me segurar em nada, já que os corrimãos eram baixinhos e tal; ficava praticamente "solta nas alturas". E ventava loucamente, ventava muito mesmo. Eu praticamente voei de lá de cima. Eu ia morrer! Sério, meu medo de altura se confirmou nesse pesadelo. Sim, eu tenho um medo desgraçado de altura. Não sei como poderei superá-lo. Aliás, nem sei se quero. Deixa assim, vai.
Mas é sério! Por que a gente sonha essas coisas apavorantes, hein? Por que, meus queridos? Sei lá, a minha mente imaginativa acredita que seja mais como um tipo de alerta, de sei lá quem, um chamamento para a vida, sabe?
É quase certo que nós adiamos tantas coisas por acreditarmos que teremos todo o tempo do mundo para realizá-las. Se a morte nos ameaçasse constantemente, talvez tivéssemos uma outra visão da vida. Talvez tivéssemos uma sede e pressa maior de viver. Porque é claro que eu não sei quanto tempo eu terei de vida, por isso mesmo que eu preciso viver o máximo que eu posso enquanto eu posso. Esses sonhos, por mais horríveis que sejam, me dão uma certa vontade de sair por aí vivendo veementemente, aproveitando cada segundo como se fosse o derradeiro.
Sim, é verdade que acordei às 04:00 com o coração quase saindo pela boca, tremendo muito, com um aterrador medo de morrer e que só consegui voltar a dormir às 06:00. Acordei exausta, morrendo de sono, ainda chocada com os pesadelos, mas mesmo assim decidi levantar e viver, fazer o que eu sempre fiz. Com um certo receio, confesso, mas levantei e atendi ao chamado da vida. Ao longo do dia, nem lembrei mais dos pesadelos. O dia foi tão legal, mas tão legal, que seria besteira deixar o medo tomar conta de mim.
Concluo que, se existir o medo da morte, que tal medo seja transformado em vontade de viver, vontade de aproveitar o máximo de tempo que se tenha.
Suspeito que morrer seja fácil, e até sem graça. Difícil, mas ao mesmo tempo delicioso, é viver.
Vivamos!
(Erica Ferro)